Obras vão ser realizadas “no tempo adequado a garantir a segurança” da Ponte 25 de Abril

O presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil garante que a ponte “esteve segura, está segura e estará segura”.

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Intervenções na ponte serão feitas ao longo de dois anos Enric Vives-Rubio

Com as obras de manutenção da Ponte 25 de Abril a avançarem em breve, a segurança da estrutura está garantida, disse nesta quinta-feira o presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

A Visão divulgou nesta quinta-feira que o Governo recebeu há seis meses um relatório do LNEC que alerta para a necessidade de “medidas urgentes” de reparação da ponte, depois de “terem sido detectadas ‘fissuras’ numa zona estrutural da travessia”.

O presidente do LNEC, Carlos Pina, explicou que o parecer elaborado na sequência de um despacho do secretário de Estado das Infra-estruturas “referia que as obras que estavam programadas deviam ser realizadas o mais depressa possível”. O prazo previsto para as obras é de dois anos e o objectivo, adiantou o responsável, é que durante esse tempo não surjam problemas adicionais.

Depois da notícia, o Ministério das Finanças esclareceu, em comunicado, que “todos os pedidos de intervenção na Ponte 25 de Abril, nomeadamente os projectos de portarias de extensão de encargos, foram atempadamente aprovados pelos ministérios competentes”.

Já o presidente da Infra-estruturas de Portugal, António Laranjo, explicou que o concurso público internacional de reabilitação da estrutura — que liga as duas margens do rio Tejo entre Almada e Lisboa — terá um montante superior a 20 milhões de euros e deve ser lançado até dia 22 de Março.

“Tendo em conta as decisões que foram tomadas pelas Infra-Estruturas de Portugal consideramos que as obras se irão realizar no tempo em que é adequado a garantir a segurança da ponte 25 de Abril”, afirmou Carlos Pina, em conferência de imprensa.

O presidente do LNEC explicou ainda que “todo o trabalho que foi desenvolvido tinha por objectivo garantir que a segurança era adequada durante a execução das obras”, que sabia serem longas. Mas também para “garantir que os efeitos negativos sobre as pessoas que diariamente atravessam a ponte fossem os menores possíveis”.

Carlos Pina assegurou ainda que o instituto vai continuar a acompanhar todo o processo, como até agora, “para garantir que a segurança se mantém”. O presidente do LNEC sublinhou ainda que a ponte “esteve segura, está segura e estará segura”, tendo explicado que não existe perigo para os utentes.

Finanças negam demora de seis meses

Ao início da noite desta quinta-feira, o Ministério das Finanças emitiu um segundo comunicado sobre este assunto. A equipa de Mário Centeno garante que “a autorização das obras de manutenção da Ponte 25 de Abril não tardou os seis meses que têm sido referidos”. Explica o ministério no mesmo documento que a “lei do Orçamento do Estado para 2018 previa já os montantes necessários à intervenção na Ponte 25 de Abril, no quadro do calendário de manutenção regular e plurianual previamente estabelecido”.

O Ministério das Finanças refere a exisência de dois relatórios, um de Janeiro e outro de Fevereiro, realizados respectivamente pelo Instituto de Soldadura e Qualidade e pelo LNEC. Terão sido estes dois relatórios que, de acordo com o Governo, “indicaram a necessidade de realização de obras a curto prazo, confirmando a programação previamente definida pela Infra-estruturas de Portugal”. “Face à urgência identificada nesses relatórios, o Ministério das Finanças aprovou prontamente as respectivas portarias de extensão de encargos”, vinca o comunicado.

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