Nos inaugura data center de 1,5 milhões em Carnaxide

Nova infra-estrutura faz parte da estratégia da empresa reforçar capacidade instalada no armazenamento de dados e serviços de cloud e de data analytics.

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Miguel Almeida é o presidente da Nos Daniel Rocha

A Nos inaugurou esta quinta-feira, em Carnaxide, um novo data center que faz parte da estratégia da empresa para aumentar em 50% a sua capacidade instalada no armazenamento de dados e serviços de cloud e de data analytics, seja aos seus próprios clientes, seja a clientes empresariais.

O novo data center de Carnaxide – o Imopolis II, vizinho do Imopolis I, que está em funcionamento há 18 anos – é, segundo a Nos, “o mais moderno e eficiente de Portugal” e a sua construção insere-se num movimento de transformação desta área de actividade na qual a empresa diz realizar um “investimento contínuo (…) na ordem dos 10 milhões de euros anuais”. Neste espaço inaugurado esta quinta-feira, o investimento inicial foi de 1,5 milhões.

O objectivo passa por modernizar as infra-estruturas existentes e construir outras de raiz que permitam soluções moduláveis, com capacidade de crescimento ao ritmo das “necessidades da rede e dos clientes”, destacou o administrador da Nos com o pelouro da área tecnológica, Jorge Graça, num encontro com a imprensa. É uma aposta na modernização que surge em paralelo com um movimento de consolidação, frisou.

Isto porque o parque de data centers da Nos, que era composto por seis edifícios, vai reduzir-se a quatro espaços. Na região de Lisboa, ficam os dois edifícios de Carnaxide (com a construção do Imopolis II, a Nos vai abandonar três outros espaços que aqui tinha) e, no Porto, mantém-se o espaço no Norte Shopping, mas outro, a inaugurar em breve, virá substituir o que existia até agora na Campanhã.

Com a particularidade de todos passarem a estar interligados entre si por anéis de alto débito (100 Gbps) e baixa latência. “A latência é o tempo que a informação demora a percorrer as redes” e neste negócio, a “velocidade da luz quase não é suficiente”, frisou Jorge Graça.

Com esta reorganização, a empresa conseguirá atingir o objectivo de crescimento da capacidade em 50%, precisamente porque o movimento de consolidação não significa menor capacidade: o avanço da tecnologia e dos equipamentos permite que sejam acomodadas capacidades maiores de armazenamento em menores espaços.

À medida que a tecnologia vai evoluindo, deixam de ser necessários “os grandes edifícios monolíticos em que era necessário um grande investimento à cabeça”, sublinhou Jorge Graça. “A melhor imagem que podemos dar [desta evolução] é como se fosse um lego que vai ser montado à medida que as necessidades vão surgindo”.  

Com isto, a empresa consegue poupanças significativas quer com o aluguer dos espaços, quer porque os custos de exploração descem (por exemplo, a factura energética, que neste negócio é das mais relevantes, tendo em conta a necessidade de refrigeração dos equipamentos).

O novo Imopolis II tem cerca de 630 m2 de área útil de salas técnicas onde serão alojados os sistemas de computação e armazenamento de dados. No total, a nova infra-estrutura tem capacidade para acomodar até quase duas centenas de bastidores (armários).

Assumindo que, no futuro próximo, a empresa poderá vir a criar novos data centers mais pequenos se as solicitações dos seus clientes crescerem, Jorge Graça destacou a importância de serem construídos em centros urbanos. “A latência torna-se um factor chave, daí que seja importante que  estejam perto dos sítios onde estão as empresas e as pessoas”, disse o administrador.

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