Médicos escrevem carta a ministro da Saúde em protesto por atraso na colocação

Os 36 signatários da carta questionam o ministro sobre a razão de tal demora, quando "milhares de portugueses de todas as faixas etárias continuam à espera de ter um médico de família".

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LM MIGUEL MANSO

Um grupo de médicos recém-especializados em Medicina Geral e Familiar que aguarda colocação há quatro meses escreveu uma carta aberta ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, a protestar contra a situação e tenciona entregar-lha hoje.

"O grupo de médicos recém-especialistas em medicina geral e familiar que a 16 de Outubro de 2017 concluiu um longo e exigente percurso formativo encontra-se desde então a aguardar a publicação do concurso de colocação 'sine die'", lê-se no documento.

Os 36 signatários da carta questionam o ministro sobre a razão de tal demora, quando "milhares de portugueses de todas as faixas etárias continuam à espera de ter um médico de família".

Interrogam-se também sobre a razão pela qual "o Estado privilegia e aumenta a subcontratação de médicos sem especialidade através de empresas, a custos avultados e muito superiores", enquanto eles continuam a ser remunerados como internos da especialidade.

Uma vez que "a 10 de Janeiro de 2018, o Sr. ministro da Saúde disse na Assembleia da República que o concurso seria 'lançado dentro de dias'" e que já passaram "várias semanas desta declaração", estes médicos especialistas instam-no a marcar "uma data concreta e breve" para a abertura do concurso em causa.

O grupo indica ainda que esta carta aberta será hoje entregue "por recém-especialistas da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, às 16h00, na sede da ARS Norte, e por recém-especialistas da ARS Centro, às 14h30, na sede da ARS Centro".

"[A carta será entregue] ao excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde 'por mão própria' tão cedo quanto possível, já que não acedeu ao nosso pedido de entrega do referido documento pessoalmente", referem ainda.

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