Justiça espanhola mantém independentistas em prisão preventiva

Supremo diz que não há perigo de fuga mas sustenta que há perigo de continuação de delito.

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Os juízes no anúncio da decisão STEPHANIE LECOCQ/EPA
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Oriol Junqueras, antigo vice-presidente da Catalunha e um dos detidos Jon Nazca/Reuters

O Supremo Tribunal espanhol decidiu nesta segunda-feira manter em prisão preventiva o antigo vice-presidente do Governo da Catalunha, Oriol Junqueras. A notícia é avançada pela imprensa espanhola que confirma ainda a prisão preventiva – sem possibilidade de pagamento de fiança – de Joaquim Forn. 

Também os dirigentes das duas maiores associações soberanistas da Catalunha, Jórdi Sànchez e Jordi Cuixar, ficam detidos.

Aos restantes seis antigos ministros (Raul Romeva, Carles Mundó, Dolors Bassa, Meritxell Borràs, Josep Rull e Jordi Turull) foi aplicada uma fiança de cem mil euros, diz o jornal espanhol El País. Os seis ex-ministros terão de se apresentar semanalmente no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha ou outro tribunal de comarca à sua escolha e estão proibidos de abandonar o país (têm de entregar os seus passaportes).

Os líderes independentistas estão a ser investigados por delitos de rebelião, secessão e peculato.

A decisão do juiz condiciona a campanha eleitoral para as eleições autonómicas de 21 de Dezembro na Catalunha que arranca esta terça-feira. A consulta popular marcada para 21 de Dezembro foi convocada pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy. Oriol Junqueras, número um da lista da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) não poderá participar na campanha.

O ex-presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, e quatro outros dos seus ex-ministros que estão na Bélgica serão ouvidos no dia 14 de Dezembro em Bruxelas por um juiz que terá de decidir sobre o pedido de extradição pedido por Espanha.

Segundo uma sondagem publicada esta segunda-feira no jornal catalão La Vanguardia, o bloco independentista está a um lugar da maioria absoluta nas eleições de 21 de Dezembro.

O inquérito realizado pelo CIS diz que A ERC deverá obter 23 lugares do parlamento catalão, a lista de Puigdemont, Junts per Catalunya, 25 ou 26 e a CUP nove. No total, conseguiriam 67 deputados, a um da maioria absoluta.

Mas o dado mais surpreendente é a confirmação da grande subida do Cidadãos (direita), que segundo esta sondagem conseguiria 31 lugares na Catalunha. Os socialistas registam uma subida, dos 16 actuais para 21 e o PP de Xavier García Albiol perde terreno elegendo 11 deputados.

 

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