Para Rio, contacto com militantes é mais importante para vitória do que debates

Candidato do PSD defende modelo "sensato e equilibrado" para debates. Comissão de honra é apresentada esta quarta-feira.

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Rui Rio ainda não marcou data para debates LUSA/PAULO NOVAIS

O candidato à liderança do PSD Rui Rio defendeu esta terça-feira que o diálogo com os militantes será mais importante para vencer do que os debates, mas salienta que sempre esteve disponível, desde que num modelo "sensato e equilibrado".

"Debate nenhum não é sensato, 20 debates também não é sensato, lá veremos se é um, se é dois, se é três, se é quatro", afirmou Rio Rio, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

Um dia depois de Santana Lopes lhe ter escrito uma carta insistindo na realização de debates, à qual respondeu hoje positivamente, Rui Rio frisou que não é só desde segunda-feira que está disponível para debates, desde que num "modelo sensato".

"Desde o início eu disse que não estava disponível para fazer 21 debates, 21 debates era um exagero, sempre estive disponível para haver debates", defendeu, referindo-se à proposta inicial de Santana Lopes, que propôs a realização de debates organizados por todas as distritais do PSD.

Questionado sobre se estes debates serão determinantes para a vitória nas eleições internas do PSD, Rio respondeu negativamente.

"Não, o importante para A ou B ganhar as eleições é o que tenho vindo-a fazer e creio que também o dr. Santana Lopes, que é percorrer o país falando com os militantes", defendeu.

Para Rui Rio, "os militantes assistirem a debates ou poderem fazer perguntas aos dois candidatos um em frente ao outro também tem o seu relevo, mas não é o que vai decidir" a eleição.

O antigo autarca do Porto frisou que já percorreu praticamente todas as distritais e estruturas regionais do PSD - completará essa 'volta' nacional neste fim de semana -, tendo contactado com centenas de militantes.

"O mais importante é isto, não são os debates. Nos debates, eu vou dizer ao dr. Santana Lopes o que penso e ele vai-me dizer o que pensa e que os militantes também já ouviram", disse.

Comissão de honra

Esta quarta-feira Rui Rio apresentará a sua comissão de honra, composta por 53 nomes, dos quais o Jornal de Negócios já antecipou alguns, entre eles: Alberto João Jardim, Manuela Ferreira Leite, Suzana Toscano, Nunes Liberato, Luís Todo Bom, Silva Peneda e Henrique Chaves, o ministro que desencadeou a queda do Governo de Santana Lopes.

No que resta da campanha para as directas de 13 de Janeiro, Rio continuará a privilegiar o contacto com os militantes, privilegiando as concelhias mais relevantes, e alternando com alguma exposição mediática, onde se incluem entrevistas e debates.

"Mas, na minha lógica, não é o mais relevante. No discurso teórico dizem todos isto, mas o que eu digo, é o que eu faço e coincide com o que eu penso", salientou.

Sobre a reunião com a UGT, Rio disse ter querido ouvir as preocupações da central sindical, "uma instituição fundamental" para diálogo futuro.

"Alguém que tem como um dos seus principais objectivos reforçar a coesão social no país, primeiro como líder do PSD e depois primeiro-ministro, tem de estar permanentemente disponível para um diálogo social, seja ao nível dos empresários, seja ao nível dos trabalhadores", salientou. Com PÚBLICO

 

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