Bancos esperam maior procura de crédito pelas famílias

Maior pressão concorrencial começa a aliviar critérios na concessão de novos empréstimos.

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Famílias estão a comprar mais casas. Paulo Pimenta

Três dos cinco maiores bancos nacionais antecipam um ligeiro aumento da procura de crédito por parte das famílias, relativamente ao segmento de crédito ao consumo e à habitação. A informação consta do Inquérito aos Bancos sobre Mercado de Crédito, divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal, que mostra que nas empresas não são esperadas alterações em relação ao nível da procura até ao final do corrente ano.

Relativamente ao terceiro trimestre, os cinco bancos inquiridos referiram que a procura de novos empréstimos, tanto de empresas como de particulares, permaneceu relativamente estável. E acrescentaram ainda que não se registaram alterações significativas ao nível dos critérios de concessão de empréstimos.

No caso dos particulares, duas instituições referiram um ligeiro aumento da procura de empréstimos para aquisição de habitação e uma instituição assinalou uma evolução semelhante no segmento do crédito ao consumo e outros fins. “O aumento da confiança dos consumidores e o nível das taxas de juro terão sido os principais factores subjacentes à evolução da procura de crédito à habitação”, revela o inquérito.

No caso das empresas, a procura permaneceu praticamente inalterada para a maioria das instituições, tendo um banco reportado um ligeiro aumento e outro banco indicado uma evolução oposta.

No terceiro trimestre, a maioria dos bancos participantes não identificou alterações nos principais factores com potencial impacto nos critérios de concessão de crédito a empresas, destacando-se, no entanto, uma instituição a reportar uma ligeira melhoria na avaliação dos riscos relacionados com a situação e perspectivas económicas gerais, assim como dos riscos para sectores de actividade ou empresas específicos.

Uma das instituições inquiridas referiu um dado curioso, o de que “a pressão exercida pela concorrência de outras instituições bancárias” contribuiu para uma política de crédito menos restritiva”.

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