Harvey Weinstein despedido da sua produtora

O influente produtor de Hollywood não resistiu às revelações sobre o assédio sexual que promoveu ao longo de anos.

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Harvey Weinstein fez acordos sigilosos com pelo menos oito mulheres que o acusaram de assédio LUSA/PETER FOLEY

O conselho de administração da produtora Weinstein Co. decidiu despedir, no domingo, um dos fundadores e membros dirigentes, Harvey Weinstein, 65 anos, citando "novas informações" que vieram a público "nos últimos dias" sobre os casos de assédio sexual em que aquele influente produtor de Hollywood esteve envolvido.

Num curto comunicado da administração, citado pelo Wall Street Journal, invocam-se as informações sobre a "conduta inapropriada de Harvey Weinstein que emergiram nos últimos dias". Assinam a declaração oficial Bob Weinstein, irmão do despedido, e mais três administradores da conhecida produtora, que tem interesses financeiros na área do cinema e da televisão.

A notícia do despedimento de Harvey surge dois dias depois de o próprio ter anunciado que deixaria de trabalhar por tempo indeterminado para se submeter a tratamento.

Foi o diário The New York Times a revelar que Weinstein foi acusado durante anos de assédio sexual contra mulheres. O jornal norte-americano diz que o produtor comprou o silêncio de pelo menos oito mulheres que alegaram terem sofrido assédio sexual e contacto físico sem consentimento e com os quais chegou a acordo. Todos estes acordos foram mantidos em sigilo e envolveram valores entre os 80 e os 150 mil dólares (entre pouco mais de 68 mil euros e quase 128 mil euros).

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