"Geringonça" foi “conjuntural” e “dificilmente se repetirá”, diz Jerónimo

Secretário-geral do PCP diz que o partido está disposto a assumir responsabilidades governativas se o povo quiser, para uma "política patriótica e de esquerda, que não é o caso daquela que está a acontecer", defende.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

O secretário-geral do PCP declarou hoje que a denominada "geringonça" foi uma solução “conjuntural” e que “dificilmente se repetirá” a assinatura de posições conjuntas no parlamento entre PS, BE, PCP e PEV, como aconteceu em Novembro de 2015.

"O PCP vai para o Governo quando o povo português o entender. Naturalmente, esta nova solução política encontrada foi conjuntural e dificilmente se repetirá", anteviu Jerónimo de Sousa, à margem de uma acção de pré-campanha autárquica, em Algés, no concelho de Oeiras, ladeado pela cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) e líder parlamentar do partido ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia.

Em entrevista à Lusa, publicada em 16 de Julho, o líder comunista já afirmara que a integração dos comunistas num futuro executivo depende da expressão do voto popular e prática de políticas patrióticas e de esquerda, lamentando as contradições cada vez mais evidentes do Governo do PS. "Aquilo que dizemos é que estamos em condições de assumir soluções governativas para realizar uma política diferente, patriótica e de esquerda, que não é o caso daquela que está a acontecer", reforçou, após ser novamente questionado sobre o assunto.

Relativamente às eleições autárquicas de 1 de Outubro, Jerónimo de Sousa definiu como objectivo: "manter e reforçar votos, [eleição de] candidatos".

"Continuamos a considerar que a CDU faz falta em cada município e aqui também, em Oeiras", concluiu.