Continua o “bullying” de Cristiano Ronaldo ao Atlético de Madrid

Real Madrid venceu os "colchoneros" com hat-trick do internacional português, na primeira mão das meias-finais.

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LUSA/Chema Moya

Para não variar, o Real Madrid levou vantagem. Pela quarta época consecutiva, o derby de Madrid fez parte do cartaz de luxo da Liga dos Campeões e, tal como nos últimos três anos, Cristiano Ronaldo saiu com muitos motivos para sorrir do duelo com o vizinho Atlético. Na primeira mão da meia-final da Champions, o internacional português marcou os três golos da vitória (3-0) do Real no Santiago Bernabéu, deixou os detentores do título com o bilhete para a final de Cardiff praticamente garantido e passou a ser o maior goleador em eliminatórias da Liga dos Campeões.

Em Novembro, após apontar um hat-trick no Vicente Calderón, Cristiano Ronaldo passou a somar 18 golos nos duelos com o Atlético de Madrid, mais um do que Alfredo di Stéfano, e passou a ser o máximo goleador na história dos derbies madrilenos. Nesta terça-feira, no Santiago Bernabéu, a montra era outra (Liga dos Campeões), mas o português repetiu a receita. Mais uma vez impiedoso com os “colchoneros”, Ronaldo voltou a terminar o derby de Madrid com um hat-trick e riscou o nome de di Stéfano da história de mais um recorde. Com 52 golos em eliminatórias da Liga dos Campeões, CR7 passou a ter três de vantagem sobre o antigo internacional argentino.

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Depois de dois duelos em finais (2013-14 e 2015-16) e um confronto nos quartos-de-final (2014-15), todos favoráveis aos “merengues”, Real e Atlético encontravam-se pela quarta temporada consecutiva na principal prova europeia de clubes e o “gigante” de Madrid manteve o bullying sobre o vizinho, mas desta vez os maus-tratos sofridos pelo Atlético foram ainda maiores.

Sem Pepe, Bale e Coentrão, o Real Madrid entrou em campo com apenas duas alterações em relação ao “onze” que na época passada tinha derrotado, em Milão, o Atlético na final da prova — Varane e Isco nos lugares de Pepe e Bale —, mas rapidamente se percebeu que desta vez os “colchoneros” não estavam com a habitual resiliência e combatividade das equipas de Diego Simeone.

Com claro ascendente, o Real criou o primeiro lance de perigo por Carvajal, aos 7’, e apenas três minutos depois começou o festival Ronaldo: após um centro de Casemiro, o português antecipou-se a Savic e, de cabeça, bateu pela primeira vez Oblak. Com Koke e Griezmann, os mais talentosos “rojiblancos”, desaparecidos em combate, o Atlético apenas ameaçou a baliza de Navas aos 17’, mas o guarda-redes antecipou-se a Gameiro e anulou o melhor lance de perigo do Atlético em todo o jogo. O 11-1 em remates no final dos primeiros 45 minutos reflectia bem a supremacia madridista.

Ao intervalo, Zidane foi obrigado a substituir o lesionado Carvajal por Nacho Fernández e os primeiros minutos após o descanso foram um déjà vu dos últimos derbies de Madrid na Champions. Intenso e duro q.b., o reinício do duelo entre Real e Atlético fazia antever mais uma batalha madrilena com poucos golos no final, mas a agressividade dos “colchoneros”, que com as entradas de Torres, Gaitán e Correa pareciam ter equilibrado o braço-de-ferro e adiado para a segunda mão a decisão da eliminatória, colidiu de frente com o “inimigo número um” do Atlético.

Aos 73’, na fase mais monótona da partida, Ronaldo foi feliz num ressalto, após um passe de Benzema, e bateu Oblak pela segunda vez. Mas o festim do português não tinha terminado. Treze minutos depois, Lucas Vázquez iniciou a jogada, Casemiro deixou passar pelo meio das pernas e o acto seguinte foi o 7.º hat-trick de CR7 na Champions, o 10.º golo nesta época na prova (104 no total de todas as participações), o 8.º dos nove últimos golos marcados pelo Real Madrid na competição e o 6.º em três jogos com o Atlético esta época.

Depois das finais de Lisboa e de Milão, o Real pode começar já a preparar a terceira final da Liga dos Campeões em quatro anos, mas desta vez, em Cardiff, não terá o Atlético do outro lado.     

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