EasyJet acusada de expulsar passageiros sem atribuir direitos

Casal diz ter sido expulso de um voo da companhia apenas um dia depois do incidente que envolveu o médico retirado à força de um avião da United Airlines.

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Renato Cruz Santos/Arquivo

As expulsões de passageiros de aviões devido à política de overbooking ganharam destaque mundial depois de o médico David Dao ter sido expulso com violência de um avião da United Airlines em Chicago. Agora, é a vez da easyJet.

O Independet noticiou no domingo que um casal londrino foi expulso de um avião no aeroporto de Luton, em Londres, com destino a Catania em Itália, porque a easyJet vendeu mais bilhetes do que o número de lugares disponíveis. A agravar a situação, Manoj, de 38 anos, e Viddha, de 35, dizem que a companhia não os informou sobre os direitos de compensações e voos alternativos. Esta situação é uma violação das regras de overbooking e aconteceu no passado dia 10 de Abril, apenas um dia depois do incidente da United.

O casal, que pediu ao jornal britânico para não divulgar os seus apelidos, diz que passou por uma situação “incrivelmente humilhante” depois de ter sido retirado da aeronave involuntariamente. “A única diferença entre nós e o homem envolvido com a United Airlines, é que nós não fomos fisicamente retirados”, explica Manoj.

Os casos de overbooking são comuns nas companhias aéreas. Quando ocorrem, as companhias podem seleccionar quaisquer passageiros para saírem do avião. No entanto, a regulação europeia prevê que o staff do voo tem de procurar voluntários que se ofereçam para deixar o avião. Quando não existem voluntários, aos passageiros retirados devem ser oferecida uma compensação monetária e voos alternativos para o destino procurado. No caso da easyJet, o casal em causa diz que a companhia não respeitou estas regras. O Independent sublinha que, neste caso concreto, o casal tinha direito a 400 euros de compensação.

Já esta segunda-feira, a easyJet reagiu, em comunicado citado pelo mesmo jornal britânico, e apelou a todos os passageiros que se vejam envolvidos numa situação deste género que informem a empresa do sucedido e pediu desculpa pela "situação que o casal experienciou".

Também esta segunda-feira ficou a conhecer-se mais uma polémica do género na United, aumentando a lista para a companhia norte-americana. A mais recente tem um casal de noivos como protagonista, que alega ter sido expulso este sábado de um voo com destino à Costa Rica, onde se iria casar. Ainda em Março, duas raparigas foram impedidas de embarcar num voo da United Airlines no aeroporto de Denver por estarem a usar leggings.

À Bloomberg, Oscar Munoz, CEO da United, voltou a falar da controvérsia que envolveu David Dao, afirmando que foi uma "experiência de humildade".

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