Helicópteros Kamov avariados deverão estar operacionais em 2018

A verba para a reparação dos dois Kamov está prevista no orçamento da ANPC, sendo de cerca de dez milhões de euros.

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Helicóptero Kamov a combater um incêndio em 2013 DATO DARASELIA/Arquivo

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, garantiu esta quarta-feira, na Lousã, distrito de Coimbra, que no próximo ano os dois helicópteros Kamov do Estado português que se encontram avariados vão estar operacionais.

Segundo o governante, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2017, uma equipa especializada da empresa russa Kamov vai deslocar-se a Portugal para "fazer um caderno exaustivo das necessidades que os helicópteros têm". "Será depois disso que abriremos um concurso para a reparação dos dois aparelhos, que, segundo as orientações que temos, demorará quatro meses", disse.

Estes dois Kamov inoperacionais já não integraram o dispositivo de combate a incêndios de 2015 e 2016. Dos seis Kamov que compõem a frota do Estado, apenas três estão actualmente aptos para voar, estando dois inoperacionais e outro acidentado, desde 2012.

Jorge Gomes explicou que para reparar os dois helicópteros pesados foi necessário um parecer jurídico do Ministério da Administração Interna, após uma abordagem à embaixada da Rússia. A verba para a reparação dos dois Kamov está prevista no orçamento da ANPC, sendo de cerca de dez milhões de euros.

O DECIF de 2017 conta com 48 meios aéreos na fase Charlie, considerada a mais crítica, que começa a 01 de Julho e se estende até 30 de Setembro, os mesmos do ano passado. Neste período, o dispositivo envolve ainda 9740 operacionais, 2065 viaturas e 236 postos de vigia, além de máquinas de rasto.

Os meios aéreos vão ser reforçados com mais um helicóptero para acções de coordenação aérea e reconhecimento, que ajude no posicionamento do ataque aéreo e dos meios terrestres.

O dispositivo deste ano conta também com a integração de uma força com 1380 militares, que receberam formação específica para participar nas acções de rescaldo e vigilância do rescaldo, de forma a libertar os bombeiros para outras operações. 

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