Peggy Whitson está prestes a bater mais um recorde no espaço

A astronauta de 57 anos está prestes a tornar-se na norte-americana que mais tempo passou em órbita. E, este domingo, voltou a comandar a Estação Espacial Internacional.

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BILL INGALLS

Peggy Whitson está prestes a tornar-se na mais experiente astronauta da história dos Estados Unidos. Neste momento, apenas um norte-americano passou mais tempo em órbita do que a especialista em Bioquímica: Jeff Williams, de 59 anos, que permaneceu um total de 534 dias no espaço, ao cabo de várias missões. Este recorde deverá ser batido no próximo dia 24, já que Whitson não regressará à Terra tão cedo.

A astronauta norte-americana assumiu no domingo o comando da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa). Para a astronauta de 57 anos, é já a segunda vez que lidera a estação de 100 mil milhões de dólares, um projecto internacional que continua a unir Washington e Moscovo, apesar da recorrente tensão política. E só com a ISS, Whitson já registou dois recordes: foi a primeira mulher a comandar a estação orbital e a primeira fazê-lo por duas vezes.

No dia 24 de Abril, chega então o recorde de maior permanência total em órbita, que se junta a outro registo: Whitson também é a mulher que soma mais passeios espaciais (ou seja, em exploração fora da nave) - oito.

Whitson tinha chegado à estação especial em Novembro com o russo Oleg Novitskiy e o francês Thomas Pesquet, que têm regresso à Terra marcado para 2 de Junho. A astronauta voltará à terra só em Setembro, após marcar 665 em órbita.

Neste momento, o recorde mundial pertence ainda ao russo Gennady Padalka, que passou um total de 878 dias em órbita.

Tripulação termina missão de seis meses

Entretanto, regressaram à Terra na segunda-feira Shane Kimbrough (EUA) e os tripulantes russos Sergey Ryzhikov e Andrey Borisenko. Ao cabo de 173 dias na ISS, os três astronautas aterraram no Cazaquistão depois de uma viagem de três horas na cápsula Soiuz.

À chegada, o norte-americano Kimbrough defendeu a cooperação espacial entre Washington e Moscovo.

“É fantástico fazer parte de algo tão grande como isto, algo maior que nós próprios, maior mesmo que uma nação”, declarou, considerando que a colaboração científica entre russos e norte-americanos "pode realmente beneficiar a humanidade."

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