Filho de Muhammad Ali foi detido pela segunda vez num aeroporto nos EUA

Muhammad Ali Jr. foi detido e interrogado num aeroporto na capital Washington DC depois de se ter encontrado com congressistas para relatar a primeira detenção de que foi alvo.

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Muhammad Ali com a congressista Debbie Wasserman Schultz, depois de ter sido detido. Debbie Wasserman Schultz/Twitter

O filho da lenda do boxe americano, Muhammad Ali (falecido em 2016) foi detido e interrogado no aeroporto Reagan National, na capital Washington DC, quando se preparava para embarcar rumo à Florida. A detenção ocorreu depois de Muhammad Ali Jr. ter participado num encontro com congressistas americanos para discutir uma detenção de que fora alvo em Fevereiro, noticia a imprensa norte-americana, citando o advogado de Ali Jr.

Há cerca de um mês, Ali e a mãe, Khalilah Camancho Ali, foram abordados pelas autoridades num aeroporto em Los Angeles depois de terem regressado de uma viagem à Jamaica. Esta quarta-feira deslocaram-se a Washington DC, desta vez sem incidentes, para se encontrarem com os membros de um subcomité do Congresso norte-americano responsável pela segurança fronteiriça para relatarem o sucedido. Em causa, as suspeitas de que teriam sido alvo de interrogatório e detenção devido à sua filiação religiosa (ambos muçulmanos, à imagem do falecido pugilista). No regresso a casa, o incidente repetiu-se.

O advogado Chirs Mancini conta que quando os dois tentaram embarcar no voo rumo à Flórida, onde vivem, o filho do boxista foi detido durante 20 minutos. Durante esse período, Ali falou com responsáveis do Departamento de Segurança Interna por telefone, mostrou a carta de condução e o passaporte e regressou ao avião.

A congressista democrata Debbie Wasserman Schultz estava no mesmo voo de Ali e partilhou no Twitter uma fotografia com uma legenda crítica das leis securitárias da administração Trump: “A caminho de casa num VOO DOMÉSTICO. Muhammad Ali JR detido OUTRA VEZ… Padronizar religiosamente o filho do “Maior” não nos vai tornar mais seguros”.

Mãe e filho, que nasceram nos EUA, afirmaram já publicamente que pensam que foram travados e questionados por devido aos seus nomes de origem árabe, no rescaldo das ordens executivas assinadas pelo Presidente Donald Trump, que barra a porta de entrada dos EUA aos cidadãos de vários países de maioria muçulmana. Recentemente, e devido às restrições impostas pelos tribunais, o Presidente americano alterou um primeiro decreto, reduzindo de sete para seis os países abrangidos pela medida.

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