Elon Musk promete electricidade gratuita se não acabar com quebras de energia

Fundador da Tesla garante que consegue solucionar os problemas do Sul da Austrália em menos de 100 dias. Se falhar, "a energia passa a ser de borla".

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Elon Musk, fundador da Tesla Reuters/PATRICK T. FALLON

Elon Musk, fundador da Tesla, empresa de automóveis eléctricos e energia, lançou um desafio ao governo australiano para resolver as falhas de energia no Sul da Austrália. O empresário norte-americano garante que consegue resolver o problema em 100 dias – e acrescenta que, se a promessa não for cumprida, oferece um sistema de que permite armazenar até 100 megawatts de energia. 

Na quinta-feira, Lyndon Rive, vice-presidente da SolarCity, a subsidiária da Tesla para os produtos energéticos, afirmou à AFR que seria possível acabar com as falhas de energia se se instalasse um armazenador de energia com capacidade para gerar entre 100 a 300 megawatts por hora. Apenas um megawatt é o suficiente para alimentar cerca de 650 residências, utilizando energia limpa. Esta foi a resposta da SolarCity aos constantes apagões e falhas de energia naquela região, que tem sofrido com o aumento dos preços e com a falta de confiança na rede energética, no geral. Os problemas começaram assim que a central eléctrica de Victoria encerrou.

Esta oferta da Tesla suscitou uma resposta de Mike Cannon-Brookes, co-fundador australiano da startup de inovação Atlassian. Cannon-Brookes usou o Twitter para perguntar se a Tesla estava a falar a sério em relação a este compromisso: “Se eu conseguir o financiamento, podem garantir os 100 megawatts em 100 dias?”

Elon Musk respondeu: “A Tesla vai ter o sistema instalado e a funcionar em 100 dias a seguir à assinatura do contrato ou a energia passa a ser de borla. É sério o suficiente para ti?”. No tweet seguinte Musk citou um preço de 250 dólares por hora de quilowatt (cerca de 236 euros), usando um sistema de 100 megawatts por hora. Esta potência implica a compra de armazenadores com o preço de 25 milhões de dólares (aproximadamente 23 milhões de euros).

“Vamos a isso. Dá-me sete dias para me organizar em termos políticos e de financiamento”, escreveu Cannon-Brookes. À Reuters, o fundador da Atlassian disse que estava a ser muito apoiado nesta decisão: “O apoio está a chegar, de empresários que querem saber como podem comprar energia e contribuir com fundos”, disse à Reuters.

Os apagões constantes na Austrália Meridional, desde Setembro do ano passado, têm levantado uma guerra política sobre a questão energética. O governo federal australiano atribui as falhas à utilização de energias renováveis.

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