Homem que matou sem-abrigo no Porto condenado a mais de 12 anos de prisão

O homicida, também ele sem-abrigo, tem ainda de indemnizar a família da vítima mortal em mais de 96 mil euros.

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ADRIANO MIRANDA / PUBLICO/Arquivo

O Tribunal São João Novo, no Porto, condenou nesta quinta-feira a 12 anos e três meses de prisão um homem que matou e queimou um sem-abrigo numa antiga fábrica da EDP, na Estrada da Circunvalação, em 2016.

O homicida, também ele sem-abrigo, tem ainda de indemnizar a família da vítima mortal em 96.400 euros, determinou o colectivo de juízes.

Em Abril de 2016, o corpo da vítima foi descoberto num armazém abandonado e em avançado de decomposição por um grupo de estudantes que, após a descoberta, chamaram a PSP. Segundo a acusação, o arguido usou um ferro para agredir e matar o outro, fazendo depois uma fogueira para o queimar.

No início do julgamento, a 19 de Janeiro, inspectores da Polícia Judiciária (PJ), que estiveram envolvidos na investigação do caso, contaram que o arguido, aquando da sua detenção, confessou a autoria do crime e ajudou na sua reconstituição.

Um dos inspectores, que participou nas diligências no dia seguinte à descoberta do cadáver, relatou que o crime devia ter sido de "extrema violência" dadas as múltiplas fracturas detectadas na autópsia. E acrescentou: "Concluímos que a agressão mortal à vítima foi feita na entrada do armazém, depois foi arrastada e queimada".

Dois dos estudantes que encontraram o cadáver explicaram que tinham ido àquele local para realizar uma praxe académica, mas sentiram um "cheiro nauseabundo" e decidiram ir ver o que era, momento em que descobriram o corpo debaixo de uns cobertores e cartões, chamando logo a polícia. 

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