Peugeot-Citroën admite comprar a Opel

Se negócio avançar, PSA-Opel será o segundo maior construtor europeu.

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O português Carlos Tavares é o presidente executivo da PSA Reuters/BENOIT TESSIER

O grupo francês PSA (Peugeot-Citroën) confirmou nesta terça-feira que está a ponderar a compra da Opel, marca alemã detida pelo grupo norte-americano General Motors.

“A General Motors e o Grupo PSA examinam regularmente possibilidades adicionais de expansão e de cooperação. O Grupo PSA confirma que, em conjunto com a General Motors, está a explorar inúmeras iniciativas estratégicas que visam melhorar a sua rentabilidade e eficiência operacional, incluindo uma possível aquisição da Opel”, diz um comunicado da empresa francesa, acrescentando, no entanto, que “neste momento não existe qualquer garantia de que um acordo será alcançado.”

Uma fusão resultaria no segundo maior grupo automóvel da Europa, apenas atrás da Volkswagen, com uma quota de mercado de cerca de 16%.

"Consigo perceber por que a GM poderia tentar vender sua divisão europeia, que não dá dinheiro há muitos anos", disse à Bloomberg George Galliers, analista da Evercore ISI . "Contudo, é menos claro por que a Peugeot estará interessada em comprar os activos da GM. A compra dar-lhes-ia capacidade produtiva na Alemanha, um dos países mais caros para produzir carros e levaria a excesso de capacidade instalada".

A GM e a PSA já são parceiras na produção de SUV’s e monovolumes e ambas passaram por reestruturações nos últimos anos. A GM, que perdeu biliões na Europa nas últimas duas décadas, fechou uma fábrica em Bochum, na Alemanha, a primeira fábrica de automóveis a fechar no país desde a II Guerra Mundial, enquanto a PSA fechou uma fábrica no subúrbio parisiense de Aulnay, nota a Bloomberg.

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