Arquivada investigação ao incêndio no Festival Andanças

A investigação não encontrou indícios de que o fogo, que destruiu mais de 400 automóveis, tivesse sido ateado de forma deliberada ou intencional.

Fotogaleria
Fogo destruiu mais de 400 automóveis Enric Vives-Rubio
Fotogaleria
Fogo destruiu mais de 400 automóveis Enric Vives-Rubio
Fotogaleria
Fogo destruiu mais de 400 automóveis Enric Vives-Rubio
Fotogaleria
Fogo destruiu mais de 400 automóveis Enric Vives-Rubio
Fotogaleria
Fogo destruiu mais de 400 automóveis Enric Vives-Rubio

A investigação ao incêndio num parque de estacionamento do Festival Andanças, na Barragem da Póvoa, concelho de Castelo de Vide, em Portalegre, que a 3 de Agosto provocou estragos em 458 viaturas, foi arquivada. A informação foi divulgada nesta quinta-feira através de uma nota do Ministério Público da Comarca de Portalegre. 

No total, arderam cerca de 1,8389 hectares de mato, mas não houve registo de feridos. E dos 458 automóveis afectados, 422 ficaram totalmente destruidos. À data, Carlos Guerra, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil, informou que o fogo havia começado “num veículo e propagou-se rapidamente a outros veículos e depois ao mato circundante”.

"Realizadas todas as diligências, não foi possível apurar quaisquer indícios que permitissem concluir que o fogo tivesse sido ateado de forma deliberada ou intencional. Também não foi possível recolher indícios que permitissem apurar as circunstâncias concretas em que o mesmo ocorreu nem a eventual responsabilidade negligente de alguém", diz o comunicado emitido pelo Ministério Público.

De acordo com as conclusões partilhadas na nota do Ministério Público, “o fogo teve início no interior do parque de estacionamento e na proximidade de três viaturas que ali se encontravam estacionadas”, mas foi excluída qualquer causa eléctrica ou mecânica”.

Terreno seco com feno no chão

Também “a preparação do terreno utilizado como estacionamento, foi feita nos termos habituais”, avalia a investigação, sublinhando que não existe regulamentação específica para este tipo de situações ou eventos. 

A investigação da Polícia Judiciária, adiantou o PÚBLICO em Agosto do ano passado, chegou a analisar as condições em que se encontrava o terreno que serviu de parque de estacionamento face à propagação anormal que o incêndio teve e que foi sublinhada igualmente por outros especialistas que analisaram o local.

O terreno foi limpo pouco antes de o evento começar, mas a vegetação que se encontrava no local não foi retirada. Tal fez com que o chão se transformasse numa espécie de cama de feno que foi essencial para explicar a dimensão dos estragos provocados pelo incêndio.

Sugerir correcção
Comentar