Gabinete de Trudeau critica Fox News por tweet sobre identidade errada do atacante do Quebeque

Fox News fez uma publicação no Twitter onde noticiava que o suspeito do ataque na mesquita do Quebeque era de origem marroquina. Gabinete do primeiro-ministro canadiano pede ao canal que se retracte.

Foto
Twitter

O gabinete do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, criticou o canal norte-americano Fox News, um dos mais vistos nos EUA, por não ter apagado uma publicação no Twitter onde noticiava que o atirador que atacou a mesquita na cidade do Quebeque era de origem marroquina. Mais tarde confirmou-se que o atacante era um estudante universitário franco-canadiano.

Assinado pela directora de comunicação do gabinete de Trudeau, Kate Purchase, o comunicado diz que ao início da tarde desta terça-feira, o tweet da Fox News ainda estava visível contendo “linguagem falsa e enganosa relativa à identidade do suspeito do ataque terrorista na mesquita do Quebeque”.

A publicação continuou a circular através da Internet, apesar de possuir um conteúdo falso, lê-se no comunicado, o que “desonra a memória das seis vítimas e das suas famílias”. Por tudo isto, Purchase pede que a Fox News se “retracte ou actualize o tweet com a verdadeira identidade do suspeito”.

Na noite de domingo, seis pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas depois de um atacante ter disparado contra mais de 40 pessoas durante as orações da noite. Na sequência do incidente duas pessoas foram detidas: Alexandre Bissonnette, franco-canadiano de 27 anos e estudante universitário e Mohamed Khadir, de origem marroquina. Mais tarde, Khadir foi considerado uma testemunha tendo Bissonnette sido acusado pelas autoridades de seis homicídios premeditados e outras cinco tentativas de homicídio, referente às cinco pessoas que se encontram em estado crítico.

A Fox News publicou o referido tweet afirmando que o suspeito do ataque era de origem marroquina, referindo-se a Khadir. Apesar de o conteúdo da notícia, cujo link acompanha a publicação na rede social, ter sido corrigida depois de se confirmar a identidade do único suspeito, o tweet não foi apagado ou actualizado. O canal norte-americano conta com mais de 13 milhões de seguidores no Twitter. 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários