Airbnb promete ajudar quem não entrar nos EUA

Presidente da empresa tecnológica, que permite arrendar online casas, anuncia alojamento gratuito para quem "esbarra" na nova política de entradas decretada por Trump.

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O decreto de Trump sobre imigrantes e refugiados tem efeitos visíveis nos aeroportos LUSA/PETER DASILVA

"Não permitir outros países ou refugiados de entrarem na América não é correcto e temos de estar ao lado daqueles que sofrem com isso." Brian Chesky é apenas mais um dos cidadãos norte-americanos que não concorda com o decreto assinado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e que suspende as autorizações de viajar ou de entrada a imigrantes de países muçulmanos e proíbe o acolhimento de refugiados sírios.

Mas Brian Joseph Chesky, 35 anos, está numa cadeira de sonho, é um dos fundadores e presidente-executivo (CEO, na sigla inglesa) da Airbnb, uma empresa tecnológica não cotada em bolsa mas avaliada em 30 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros) e, como responsável da maior startup do planeta, promete fazer algo mais pela causa: dar alojamento gratuito a quem sofre com as consequências legais do decreto de Trump. 

"Airbnb vai fornecer alojamento gratuito a refugiados e a qualquer pessoa que não seja autorizada a entrar nos EUA", anunciou Brian Chesky, no mesmo palco que o novo inquilino da Casa Branca tanto aprecia: o Twitter. Chesky tem 180 mil seguidores no Twitter. Trump tem mais de 22 milhões.

Numa mensagem publicada às 1h35 deste domingo (hora de Portugal Continental), o homem que o ex-Presidente Barack Obama nomeara embaixador do empreendedorismo prometeu mais novidades para breve e oferece a sua ajuda imediata a quem esteja em situação de emergência.

Horas antes, no sábado, o CEO da Airbnb já tinha despejado no Twitter críticas à decisão da Administração Trump. Sem nunca aludir ao decreto, Chesky escreveu que "portas abertas permite-nos que nos juntemos. Portas fechadas separam-nos mais. Vamos todos encontrar formas de ligar pessoas, e não separá-las". Fosse outro o contexto, e pareceria uma mensagem de marketing da Airbnb, que não detém nenhum dos espaços que permite arrendar através do seu site e que tenta sempre fazer passar a mensagem de que existe para ligar pessoas que não se conhecem: quem tem casa ou quarto e quem arrenda.

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