Prisão preventiva para militar da GNR suspeito de corrupção e lenocínio em Vila Real

Polícia Judiciária explicou que os suspeitos "fomentavam a prática de prostituição por mulheres de várias nacionalidades, auferindo elevadas vantagens patrimoniais".

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PJ contou com a colaboração da GNR nesta investigação fabio augusto

O Tribunal de Vila Real decretou esta terça-feira a prisão preventiva para os três homens, entre os quais um militar da GNR, que são suspeitos da prática dos crimes de lenocínio e corrupção.

A Judiciária, através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, desencadeou uma operação policial em várias localidades do norte do Pais, no âmbito da qual foram detidos três homens suspeitos da autoria dos crimes de lenocínio e corrupção.

A PJ explicou, em comunicado, que os suspeitos desenvolviam a sua actividade há vários anos num estabelecimento nocturno, situado em Vila Real, "onde fomentavam a prática de prostituição por mulheres de várias nacionalidades, auferindo elevadas vantagens patrimoniais".

Fonte do tribunal referiu que, ao primeiro sargento da GNR, de 41 anos e que trabalhava no posto de Vila Real, foi aplicada a medida de prisão preventiva, que, depois de verificadas as respectivas condições técnicas, passará para prisão domiciliária com pulseira electrónica. O militar fica também proibido de contactar com os outros dois arguidos e ainda testemunhas no processo. Sobre este sargento recaem suspeitas dos crimes de corrupção passiva, detenção de arma proibida, lenocínio, auxílio à imigração ilegal e violação do segredo de justiça.

Os outros dois arguidos, dois irmãos responsáveis pelo estabelecimento nocturno, vão ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva e são suspeitos dos crimes de lenocínio, auxilio à imigração ilegal e corrupção activa. A um deles, foram ainda imputados os crimes de sequestro, detenção de arma proibida e jogo.

O tribunal justificou estas medidas de coacção com a existência do perigo de fuga, de continuação da actividade criminosa e de perturbação do decurso do processo. No caso do militar da GNR, acrescentou ainda o forte alarme social.
As detenções ocorreram na segunda-feira à noite, culminando uma investigação que decorreu durante cerca de dois anos. Nesta investigação, a Polícia Judiciária contou com a colaboração da GNR.

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