Taiwan denuncia presença militar chinesa no seu território

O porta-aviões estava a regressar de exercícios de teste no Mar do Sul da China e entrou na zona de identificação aérea no Estreito de Taiwan.

Foto
O Liaoning, construído pela União Soviética, é o único porta-aviões da China Reuters/©China Stringer Network

O Ministério da Defesa de Taiwan denunciou, esta quarta-feira, que o único porta-aviões da China, o Liaoning, liderou uma frota de vários navios de guerra através do Estreito de Taiwan, no mais recente sinal de tensão entre Pequim e a ilha.

O porta-aviões, de fabrico russo, estava a regressar de exercícios de teste de armas e equipamento no Mar do Sul da China e, apesar de não ter entrado em águas de Taiwan, acabou por atravessar a sua zona de identificação aérea, confirmou o porta-voz do Ministério, Chen Chung-chi.

Para responder à acção chinesa, Taiwan mobilizou jactos e embarcações para “vigiar e controlar” todos os navios que passam através do estreito de 160 quilómetros.

Chang Hsiao-yueh, responsável de políticas externas de Taiwan para a China, pediu a Pequim para retomar o diálogo, visto que a comunicação entre as duas partes foi suspensa em Junho de 2016. “Quero enfatizar que o nosso governo tem capacidade suficiente para proteger a nossa segurança nacional. Não é necessário este pânico excessivo”, afirmou Hsiao-yueh, citada pela Reuters. “Por outro lado, qualquer tipo de ameaça não beneficiará os laços entre Taiwan e a China”, concluiu.

Liu Zhenmin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, desvalorizou o sucedido. “O Estreito de Taiwan é um curso de água internacional partilhado entre a China e Taiwan. Por isso é normal para o Liaoning que durante os treinos ande para trás e para a frente através do estreito, algo que não terá qualquer impacto nas relações entre os dois lados”, afirmou Zhenmin citado pela Reuters.

Ainda que a ilha tenha uma auto-governação, a China considera Taiwan como parte do seu território. As tensões entre a ilha e a China agravaram-se desde que Donald Trump quebrou o protocolo diplomático e contactou directamente a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.

Sugerir correcção
Comentar