Já foram retiradas cem toneladas de óleo de palma das praias das ilhas-barreira

Mancha de espuma branca deu esta sexta-feira à costa das ilhas da Culatra, Armona, Farol e Deserta. Ainda não é conhecida a origem do produto.

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Praias as ilhas da Culatra, Farol e Deserta já estão limpas Bruno Simões Castanheira

Estão concluídas as acções de limpeza do areal das ilhas algarvias da Culatra, Farol e Deserta, depois de uma mancha de espuma branca ter dado à costa, esta sexta-feira, de quarto ilhas-barreira. Faltam apenas 3 km para que as autoridades dêem como concluída a limpeza da ilha da Armona.

Devido à presença de “grandes torrões de óleo” no areal desta ilha, não foi possível terminar a limpeza esta segunda-feira. “Os torrões são muito grandes, o que torna impossível que se faça a remoção mecanicamente”, explicou Rui Nunes Ferreira, capitão do porto de Olhão. As autoridades esperam terminar a limpeza da Armona, com recolha manual, ao final da manhã desta terça-feira. “Esperamos reunir 60 pessoas e por volta da uma da tarde dar as operações como terminadas”, adiantou, acrescentando que esta última acção de limpeza vai incluir esforços das câmaras de Olhão e Faro, juntas de freguesia e a Autoridade Marítima Nacional.

A Armona foi a última das ilhas-barreira a ser limpa e também a ilha onde se encontrava a maior parte do areal contaminado. Nas praias das ilhas da Culatra, Farol e Deserta já não se encontram vestígios da mancha de óleo que chegou a contaminar cerca de 15 quilómetros de praia no total das quatro ilhas algarvias.

Nas acções de limpeza desta sexta-feira e fim-de-semana foram retirados do areal cerca de cem toneladas de produto – peso que incluiu areia -, adiantou Nunes Ferreira. Nos três dias de limpeza, cerca de 150 voluntários juntaram-se aos elementos das autoridades nacionais e locais envolvidas, entre as quais 40 elementos da Autoridade Marítima Nacional e da Marinha.

As análises às amostras recolhidas pela Agência Portuguesa do Ambiente permitiram concluir que se trata de óleo de palma, mas é ainda incerta qual a origem do produto. “O inquérito continua em aberto. Temos a suspeita de que tenham vindo de um navio ao largo, na sequência de uma limpeza dos porões ou derrame inadvertido”, acrescentou Nunes Ferreira.

A mancha de espuma branca surgiu esta quarta-feira ao largo “com mais de cinco quilómetros”, tendo-se expandido e dado à costa nos dias que se seguiram. 

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