Portugal e Marrocos adjudicam estudo sobre ligação eléctrica submarina

Consórcio internacional onde participa o INESC TEC vai estudar viabilidade da ligação eléctrica entre os dois países.

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Cabo submarino permitirá exportar energia renovável para Marrocos Lara Jacinto/arquivo

O Governo anunciou nesta segunda-feira que a realização do estudo de viabilidade técnica e económica da futura interligação eléctrica entre Portugal e Marrocos foi entregue a um consórcio internacional do qual fazem parte o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Tecnologia e Ciência (INESC TEC), e as consultoras Deloitte e Det Norske Veritas (esta última sediada em Oslo, Noruega).

O projecto foi adjudicado por 185 mil euros, segundo os dados divulgados pela secretaria de Estado da Energia. “A adjudicação resulta de uma decisão conjunta” de Portugal e Marrocos, revelou uma nota de imprensa do gabinete do secretário de Estado da Energia Jorge Seguro Sanches.

“Esta interligação permitirá a Portugal, numa fase inicial, potenciar a exportação de energia renovável e, em simultâneo, garantir flexibilidade e segurança de abastecimento e reforçar a competitividade da economia nacional”, refere o comunicado.

No Verão, durante a apresentação em Lisboa do relatório “BP Estatistical Review of World Energy”, de 2016, o secretário de Estado da Energia disse contar que o custo desta interligação a Marrocos – com uma capacidade de transmissão de 1000 megawatts - rondasse 200 milhões de euros.

A concretizar-se, a construção da interconexão submarina a partir do sul do país servirá para que Portugal exporte energia eléctrica para Marrocos. Numa primeira fase, em que Marrocos (que já tem ligação a Espanha) tem uma produção eléctrica deficitária e preços muito elevados, Portugal posicionar-se-ia como vendedor, mas, no futuro, estaria obrigado “a ser competitivo”, dado o enorme potencial de produção solar do Norte de África, disse o secretário de Estado ao PÚBLICO, em Março.

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