Petição contra prospecção de petróleo reúne seis mil assinaturas

Contratos para prospecção e produção de petróleo abrangem quase todo o litoral português, lembram autores da petição.

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Os contratos para a prospecção de petróleo têm sido contestados pela população Rui Gaudencio

O Movimento Peniche Livre de Petróleo entregou nesta sexta-feira na Assembleia da República uma petição que recolheu seis mil assinaturas, com o objectivo de tentar travar a prospecção e produção de petróleo em Portugal. <_o3a_p>

"O que nós queremos é que o Governo se debruce sobre esta questão com rapidez e que cancele os contratos não só em Peniche, não só no Algarve, mas no país inteiro", afirmou à Lusa uma das representantes do movimento, Sónia Balacó, antes da entrega. <_o3a_p>

Falando na escadaria da Assembleia da República, a representante -- que é também modelo e actriz, natural de Peniche - vincou não conseguir encontrar pontos positivos que partam da prospecção e produção de petróleo, advogando que "todos os pontos são negativos, começando pelas contrapartidas económicas para o Estado e para as populações". <_o3a_p>

"Não temos nada a ganhar, temos muito a perder. A fauna e a flora ficam completamente devastadas por estas técnicas, tanto em terra como no mar, o que afectará a pesca, afectará a agricultura, afectará o turismo", disse. Também "as economias locais vão sofrer o impacto directo destas técnicas", considerou Sónia Balacó, acrescentando que "existem 15 contratos para prospecção e extracção de petróleo em Portugal, que correm todo o litoral do Porto para baixo, até à costa do Algarve". <_o3a_p>

Em 2015 foram renovados os contratos de prospecção e produção de petróleo com consórcios aos quais foram feitas concessões com prazos entre 55 e os 60 anos. Os contratos abrangem 33 mil quilómetros quadrados de costa portuguesa. <_o3a_p>

Estes contratos têm sido objecto de grande contestação por associações, movimentos cívicos e vários agentes políticos e económicos, que denunciaram as suas preocupações ambientais, económicas e sociais, caso a exploração de hidrocarbonetos se concretizasse.<_o3a_p>

"Faz todo o sentido, depois do Algarve, focarmo-nos ali naquela zona", continuou Sónia Balacó, apontando que em Peniche se concentram "uma série de contratos em terra e no mar", a par do que acontece também no sul do país. <_o3a_p>

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