Miguel Frasquilho deixa AICEP no início de 2017

Economista diz em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF que pretende "abraçar novos desafios" quando acabar o mandato no final do ano.

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Miguel Frasquilho no Congresso do PSD Miguel Manso/Arquivo

Miguel Frasquilho vai deixar a Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP) quando terminar o seu mandato, no final de 2016, admitindo fechar alguns dossiers até ao início de 2017, disse em entrevista ao Diário de Notícias e TSF.

Frasquilho, que saiu da vice-presidência da bancada parlamentar do PSD para dirigir a AICEP em Abril de 2014 a convite do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, garante na entrevista que a sua saída nada tem a ver com quem está no Governo. “Foi uma iniciativa que partiu de mim e não tem rigorosamente nada a ver com o facto de ter havido uma mudança de Governo”, disse na entrevista. "Não tenho de sair no dia 31 de Dezembro de 2016 à meia-noite, em princípio nos primeiros meses de 2017 continuarei em funções, para fechar os dossiês referentes a 2016 ainda e a seu tempo se saberá o que irei fazer a seguir", sublinhou.

O responsável disse ainda que sente que o seu plano estratégico para a agência foi concretizado, e dá como exemplo o facto de até ter sido aberta uma delegação em Teerão. “Neste contexto, o plano estratégico tem vindo a ser implementado como tinha sido planeado, está muito próximo do final, e eu tenho neste momento o sentimento de missão cumprida.”

Esta sexta-feira, o Jornal de Negócios publica outra entrevista com Miguel Frasquilho, onde, neste caso, não quis falar do seu futuro (que, disse, "a Deus pertence"). A este jornal económico, o presidente da agência ligada ao investimento e exportações defendeu que a imagem de Portugal "melhorou de forma progressiva".

Miguel Frasquilho tinha sucedido a Pedro Reis, que optou por cumprir apenas um mandato à frente da AICEP. Eleito deputado pelo PSD em 2002, Frasquilho, conhecido até então pelo cargo de economista-chefe do Banco Espírito Santo, assumiu nessa altura, mas por curta duração, a pasta de secretário de Estado do Tesouro e Finanças, após ter participado na elaboração do programa económico do PSD. 

O ministro Augusto Santos Silva afirmou respeitar a decisão de Miguel Frasquilho em comunicado enviado à agência Lusa.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros respeita essa decisão e deseja, na ocasião em que ela é conhecida, agradecer publicamente ao doutor Miguel Frasquilho a dedicação e competência com que desempenhou a sua função", lê-se na nota.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que tutela a AICEP, a administração presidida por Frasquilho "completará naturalmente o seu mandato, nos termos normais" e "oportunamente será comunicada a composição da nova administração".

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