Montenegro: "Se acham que têm condições para liderar o partido, cheguem-se à frente"

O líder parlamentar do PSD, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, diz que ainda tem expectativa de Santana Lopes vir a ser candidato em Lisboa. E diz que o PSD nunca contrataria um presidente da Caixa "a este preço".

Foto
Martin Henrik

Luís Montenegro diz que não quer ser candidato autárquico, que Passos Coelho tem mandato para ser o candidato a primeiro-ministro pelo PSD e que se há quem ache que tem condições para ser líder do partido, que avance. O líder parlamentar do PSD, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, este domingo, lança ainda críticas à gestão do processo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

"Aqueles que acham que têm condições para poder apresentar uma candidatura à liderança do partido, antes ou depois das eleições autárquicas, devem chegar-se à frente, devem dizer o que pensam para o PSD e para o país e, portanto, assumir essa responsabilidade", disse Luís Montenegro na entrevista. Para o social-democrata, a liderança do partido não está em aberto nem antes nem depois das autárquicas.

E por falar em autárquicas, para este social-democrata, Santana Lopes em Lisboa não está fora da equação: "É conhecido que o PSD tem uma expectativa em relação ao Dr. Santana Lopes, ele seria um excelente candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Queremos apresentar candidatos vencedores. E é isso que vamos fazer", defendeu, acrescentando que a possibilidade de Santana avançar não está afastada. "Creio que não".

Na longa entrevista, Luís Montenegro falou ainda da gestão do processo CGD, tanto na perspectiva da gestão, como da polémica em torno da não entrega de declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional por parte dos administradores.

"Temos uma administração à deriva quanto à sua colocação como gestores da operação da CGD", critica Montenegro. Quanto à questão do salário, refere que o anterior Governo nunca contrataria uma administração por este preço. "Não iríamos chegar aí. Por alguma razão, o anterior presidente da CGD ganhava cerca de metade daquilo que é esse salário da actual administração". Quando a pergunta é: O PSD não contrataria esta administração, a resposta foi: "A este preço, não".

Sugerir correcção
Ler 1 comentários