Trump recupera terreno, mas vantagem de Clinton nas sondagens mantém-se

Sondagens em estados cruciais como a Florida e a Carolina do Norte apontam para um empate técnico.

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AFP/JEWEL SAMAD;JEFF KOWALSKY

As principais sondagens às eleições presidenciais norte-americanas continuam a dar uma confortável vantagem a Hillary Clinton. Mas nos últimos dias, a tendência nos estados mais voláteis é de uma diminuição da vantagem da candidata democrata, o que alimenta a esperança da campanha de Donald Trump.

Os dois aparecem agora empatados na Florida e na Carolina do Norte e, no Michigan, a vantagem de Clinton diminuiu consideravelmente, de acordo com as sondagens realizadas pela Reuters e pelo instituto Ipsos. As novas contas abrem caminho para que Trump chegue à Casa Branca.

A grande notícia aqui terá um efeito aparentemente paradoxal para as duas campanhas. Se não deverá tirar o sono a Clinton, para Trump é um balão de oxigénio. Na semana passada, a vantagem da ex-secretária de Estado nas sondagens nos chamados swing states (estados oscilantes) era tão elevada que não havia sequer uma possibilidade teórica do magnata chegar à presidência.

O caminho possível para Trump ser bem-sucedido terá de passar obrigatoriamente por vitórias na Florida e na Carolina do Norte – o que, ainda assim, pode não garantir votos suficientes no Colégio Eleitoral. O nível de participação dos afro-americanos será crucial para Clinton assegurar a vitória, diz a Reuters.

Se a participação entre os democratas negros cair 15% a nível nacional, as hipóteses de uma vitória de Clinton descem para 72%. Uma redução de 20% atiram a disputa para a zona da margem de erro.

As projecções da Reuters atribuem cerca de 90% de hipóteses a Clinton de conseguir os 270 delegados do Colégio Eleitoral necessários para obter a nomeação, quando há uma semana essa probabilidade estava nos 95%. A análise feita pelo site Five Thirty Eight do especialista Nate Silver aponta para um quadro consideravelmente mais preocupante para Clinton – as hipóteses de vitória da democrata são de 66%.

A semana correu bem a Trump, na medida em que correu mal à sua adversária. A polémica da utilização da conta privada de e-mail durante a sua passagem pela Administração de Barack Obama regressou em força com o anúncio de que o FBI está a investigar novas mensagens

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