Taxistas cancelam protesto marcado para segunda-feira

Associações vão ser recebidas sexta-feira por assessores do Presidente da República.

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Enric Vives-Rubio / Publico

As duas associações representativas do sector do táxi anunciaram nesta quinta-feira que cancelaram o protesto agendado para segunda-feira no final da manifestação do dia 10, que passaria por uma concentração em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, e manifestações frente às Câmaras Municipais de Porto e Faro.

"Não é o momento adequado para se fazer mais qualquer manifestação, marcha lenta ou concentração", afirmou o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, após um encontro com a Federação Portuguesa do Táxi, em Lisboa. 

A decisão foi tomada depois de as duas associações do sector terem recebido luz verde da Presidência da República para uma reunião com assessores de Marcelo Rebelo de Sousa. O encontro realiza-se sexta-feira às 15h, mas não haverá declarações à imprensa dentro do Palácio de Belém, pois não se trata de uma audiência com o Presidente da República. Os dois dirigentes entram pela porta secundária, pelo Pátio das Damas, apurou o PÚBLICO.

“Não estando o Presidente da Republica [que vai estar na Suíça], não seria justo ir para Belém”, disse Florêncio Almeida. “Também não queremos colocar o Presidente da República sobre pressão porque o diploma do Governo ainda não foi aprovado, nem foi a Conselho de Ministros, estando ainda em discussão politica”, frisou o presidente da ANTRAL, adiantando que vão esperar pelos “desenvolvimentos políticos” dos próximos dias.

Já o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, adiantou que vai ser pedida uma “audiência urgente com o Presidente da República até segunda-feira” e que, caso não sejam recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa (que está na Suíça entre domingo e terça-feira”), vai manter-se a reunião agendada com os assessores do Palácio de Belém na próxima segunda-feira.

Carlos Ramos disse ainda aos jornalistas que a desconvocação do protesto “não pode ser entendida como um deixar cair de braços”, sublinhando que o setor mantém dispostosa dialogar com o Governo. “Vamos continuar a lutar pelos nossos objetivos”, disse Carlos Ramos.

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