Poupança das famílias recupera mas continua próxima de mínimos

Consumo cresceu ligeiramente menos que o rendimento disponível no segundo trimestre.

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Consumo dos portugueses tem vindo a abrandar JOSÉ CARLOS COELHO

O indicador de poupança das famílias em Portugal registou no segundo trimestre do ano uma ligeira recuperação, mas manteve-se muito próximo do nível mínimo dos últimos 17 anos em que caiu no início deste ano.

De acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística esta sexta-feira, a taxa de poupança das famílias dos últimos doze meses terminados no final do segundo trimestre de 2016 foi de 3,9% do rendimento disponível. Este número representa uma ligeira subida face aos 3,8% que se registaram nos dozes meses terminados em Março deste ano e que constitui o valor mais baixo de que há registo desde pelo menos o início de 1999.

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Desde meados de 2013 que a taxa de poupança das famílias portuguesas tinha estado a cair de forma quase ininterrupta, o que significa que o consumo privado vinha crescendo a um ritmo mais elevado do que o rendimento disponível dos agregados familiares. Este foi um dos motivos por trás da recuperação da economia, sustentada num aumento do contributo da procura interna, que se registou entre 2013 e a primeira metade de 2015.

Agora, com a economia já a dar sinais de abrandamento, parece ter-se atingido o limite da redução da taxa de poupança, com o consumo a crescer ligeiramente menos do que o rendimento disponível. O facto de a taxa de poupança estar neste momento a níveis muito baixos em termos históricos representa mais um motivo de preocupação em relação à sustentabilidade do crescimento português.

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