Primeiro abrigo para refugiados de Paris abre em Outubro

O primeiro, no Norte da cidade, será apenas para homens, um segundo, no Sul, especialmente para "pessoas vulneráveis", abrirá mais tarde.

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Anne Hidalgo apresenta os dois campos de refugiados que estão prestes a abrir na capital francesa FRANCOIS GUILLOT/AFP

Dois abrigos temporários para refugiados e imigrantes, um para homens, outro para pessoas em situação vulnerável, mulheres e crianças, vão abrir brevemente na cidade de Paris, anunciou esta terça-feira a Presidente da Câmara, Anne Hidalgo. O primeiro estará a postos para receber pessoas em meados de Outubro, o segundo até ao final do ano.

“Temos de encontrar novas maneiras de lidar com a situação. As coisas estão saturadas”, disse Hidalgo, garantindo ainda que “estes campos de migrantes reflectem os nossos valores”. Hidalgo tinha anunciado este projecto em Maio, para acabar com a situação "indigna" destas pessoas, que dormem em ruas e parques públicos da cidade.

Com um custo de 6,5 milhões de euros, 80% dos quais suportados pela câmara, os abrigos estão pensados para ser temporários e acolher as pessoas apenas de cinco a dez dias.

Longe da situação noutros locais como Calais – onde num campo chamado “a Selva” viverão entre sete a dez mil pessoas entre ratos e lixo  – Paris está ainda assim com “um fluxo migratório sem precedentes”, segundo a Câmara, de dezenas de chegadas por dia.

França é sobretudo um ponto de trânsito para países mais desejados como a Alemanha ou Reino Unido: o país registou 80 mil pedidos de asilo em 2015 (a Alemanha, por comparação, teve um milhão).

O centro reservado a homens será feito numa antiga zona industrial no Norte da cidade, e terá uma capacidade de 400 lugares, podendo crescer até 600 no final do ano. O centro para mulheres e crianças tem 350 lugares e localiza-se no Sul da capital, numa antiga fábrica.

Nos locais, os migrantes ou refugiados poderão ter apoio médico, ajuda psicológica e aconselhamento jurídico. A ideia é que sejam depois encaminhados para estruturas de apoio “mais permanentes”, diz a agência francesa AFP.

 

 

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