Infra-estruturas de Portugal passa de prejuízo a lucro de 5,1 milhões no primeiro semestre

As receitas de portagens registaram um crescimento de 8% entre Janeiro e Junho.

Foto
Receitas de portagens cresceram 8% nos primeiros seis meses Paulo Pimenta

A IP - Infra-estruturas de Portugal registou um lucro de 5,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, em comparação com um prejuízo de 12,2 milhões de euros verificado em igual período de 2015. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na quinta-feira à noite, a empresa atá agora liderada por António Ramalho, que recentemnte transitou para a presidência do Novo Banco, adianta que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registou uma descida de 3% face ao primeiro semestre de 2015, fixando-se em 307 milhões de euros, "em resultado da reversão das reduções remuneratórias que geraram o agravamento dos gastos com pessoal".

Já as portagens "registaram um crescimento de 8% quando comparado com período homólogo de 2015", refere a empresa que resultou da fusão da Estradas de Portugal com a Refer, sem referir o valor registado.
"Pese embora a manutenção do nível de utilização da infra-estrutura ferroviária e estabilidade das tarifas, foi possível atingir 50 milhões de euros em receitas de serviços ferroviários, o que representa um crescimento de 11% em relação ao verificado no mesmo período de 2015", diz a IP. Quanto aos resultados financeiros, a empresa afirma que estes "apresentaram uma recuperação na ordem dos 29 milhões de euros".
A IP refere que o "maior desafio", do ponto de vista da empresa, continua a ser o financiamento da sua actividade de investimento, quer na rodovia, quer na ferrovia.
No primeiro semestre deste ano, o défice de financiamento (excluindo reembolsos de dívida) situou-se nos 487 milhões de euros, o que representa 37% da totalidade do valor previsto para este ano.
A IP encerrou os primeiros seis meses deste ano com 3495 milhões de euros de capital social, resultado do aumento de capital de 400 milhões de euros integralmente subscrito e realizado, e uma dívida financeira, em termos nominais, de 8215 milhões de euros.

Sugerir correcção
Comentar