Espanha pede dois anos para cumprir défice de 3% do PIB

Madrid pede alargamento do prazo porque as receitas públicas estão piores que o esperado.

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Mariano Rajoy AFP PHOTO / GEORGES GOBET

O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos está nesta quinta-feira a caminho da China, onde pretende negociar, num encontro com o comissário europeu Pierre Moscovici, responsável pelo pelouro da Economia e Assuntos Financeiros em Bruxelas, a concessão de um prazo adicional de dois anos para que Madrid possa cumprir a meta do défice público dentro do limite de 3% do Produto Interno Bruto. Assim, em vez de o conseguir este ano, Espanha quer um prazo que vá até 2018

A notícia está a ser avançada pelo diário espanhol El País, que relata as manobras de bastidores que estão a ser planeadas para a próxima reunião do G-20 na China.

Segundo o mesmo jornal, o governo espanhol prefere agora um prazo extra de dois anos paara atingir a meta do défice (em vez de apenas um ano, como havia inicialmente pensado) tendo em conta que a evolução das receitas publicas se revelou abaixo das previsões. Bruxelas também estará mais confortável com o prazo de dois anos, dada a incerteza política que ainda paira sobre Espanha, com a possibilidade de um terceiro acto eleitoral estar a ganhar terreno.

Por enquanto, “está tudo completamente em aberto”, como reparava o comissário espanhol Miguel Arias Cañete, que tem a pasta da energia e das alterações climáticas. Em declarações prestadas na quarta-feira, após o final de uma reunião da Comissão em que se debateu o caso de Espanha e de Portugal, Aries Cañete lembrou que a discussão sobre a aplicação de sanções ou o estabelecimento de novas metas para o défice ainda não está encerrada.

A Comissão Europeia vai decidir sobre eventuais sanções em dois passos: pronuncia-se sobre a multa para a semana e sobre restrições aos fundos europeus pelos desvios orçamentais apenas depois do Verão.

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