Zero propõe 15 metas para 15 anos para apostar na sustentabilidade

Associação ambientalista apresenta objectivos para o país a pretexto do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala neste domingo.

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São 15 as metas elencadas pela Associação Sistema Terrestre Sustentável AFP/SERGEY KULIKOV

A associação ambientalista Zero propôs neste sábado 15 metas para os próximos 15 anos, no sentido da sustentabilidade, defendendo a sua integração nos concursos de aquisição de bens e serviços ou a promoção de transportes alternativos aos carros individuais.

A Associação Sistema Terrestre Sustentável, a Zero, assinala o Dia Mundial do Ambiente, que se comemora nestes domingo, com a apresentação de objectivos para Portugal, em 2030, em promoção da sustentabilidade.

"A aplicação de uma política de reutilização dos manuais escolares do 5.º ao 12.º ano, a redução de 25% das emissões de gases com efeito de estufa, em relação a 1990, e a recuperação de 100% dos solos degradados e contaminados, a nível nacional", são algumas das metas listadas.

O trabalho da Zero partiu da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, aprovada pelas Nações Unidas, em Setembro de 2015, e que vai estar em vigor até 2030, integrando 17 objectivos e 169 metas a cumprir pelos países para "transformar o actual modelo de produção e consumo e torná-lo sustentável".

Com a proposta das 15 medidas, a Zero pretende "contribuir para um país mais sustentável, assente num desenvolvimento económico pensado para as pessoas e respeitador dos limites impostos pelo facto de termos apenas um planeta à disposição".

A integração de critérios de sustentabilidade nos concursos de compras públicas e de, no mínimo, 50% de alimentos de produção biológica nas ementas escolares, assim como de 75% de fruta escolar, são alguns dos pontos definidos.

A associação também quer promover a água quente solar, de modo a abastecer 75% das vivendas e 10% dos apartamentos em prédios, assegurar metade de energia renovável no consumo de energia primária total e atingir uma redução de 25% das emissões de gases com efeito de estufa, em relação a 1990.

Assegurar que, nas grandes cidades, como Lisboa e Porto, apenas 15% das viagens pendulares são realizadas por automóvel, apostar nos veículos eléctricos, recuperar 100% dos solos degradados e contaminados e garantir a meta de 90% de saneamento urbano também são propostas da Zero, assim como melhorar a conservação da biodiversidade.

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