DGS aconselha grávidas a não viajar para o Brasil por causa do vírus Zika

Direcção-Geral da Saúde aconselha que também as pessoas com doenças crónicas graves ou imunocomprometidas procurem aconselhamento na Consulta do Viajante.

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Para os especialistas, o combate tem estado demasiado centrado nas mulheres grávidas Paulo Pimenta

A Direcção-Geral da Saúde recomendou, a propósito do vírus Zika e dos Jogos Olímpicos, que decorrerão no Brasil, que as grávidas não devem viajar para este país e que, se os cônjuges o fizerem, devem depois usar preservativo.

Num comunicado do director-geral da Saúde, disponível no site do organismo, lê-se que, tendo em conta que os Jogos Olímpicos vão decorrer no Brasil, de 05 a 21 de agosto, e perante a epidemia de Zika que ocorre em vários países da América do Sul, os viajantes devem, e antes de viajarem, procurar aconselhamento em Consulta do Viajante.

Segundo Francisco George, que assina o comunicado, "as grávidas não devem viajar para o Brasil", mas no caso de tal não ser possível, "devem procurar aconselhamento em Consulta do Viajante ou junto do médico que acompanha a gravidez". "Se o cônjuge viajar para o Brasil, uma vez de regresso, deve usar preservativo até ao final da gravidez", prossegue o comunicado.

São ainda recomendadas outras medidas de protecção individual, como uma especial atenção aos períodos do dia em que os mosquitos do género Aedes picam mais frequentemente (durante todo o dia, do nascer ao por do sol) e a aplicar de repelentes.

A protecção das crianças (carrinhos de bebé, berços) com redes mosquiteiras e a opção por um alojamento com ar condicionado ou, em alternativa, com utilização de redes mosquiteiras, mesmo durante o dia, são igualmente recomendados.

Segundo a DGS, "as pessoas com doenças crónicas graves ou imunocomprometidas devem obter aconselhamento médico antes da viagem para o Brasil".

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