Cinco mortos em naufrágio de embarcação com refugiados ao largo da Grécia

Desde que o corpo do pequeno Aylan foi encontrado na Turquia, emocionando o mundo, mais de 340 crianças morreram naquela região do Mediterrâneo.

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Desembarque de migrantes deportados no porto turco de Dikili Reuters

Cinco pessoas, entre elas uma criança, morreram afogados este sábado no mar Egeu, ao largo da ilha grega de Samos, quando a embarcação em que seguiam naufragou. Há quatro desaparecidos.

"No total, cinco pessoas foram salvas, quatro desapareceram e cinco morreram", disse à AFP um responsável da guarda costeira que explicou que o grupo viajava numa lancha insuflável.

A criança morreu de ferimentos sofridos no naufrágio, quando já estava a bordo do barco patrulha do Frontex (agência europeia de fronteiras) que socorreu os naufragos.

É o primeiro naufrágio de embarcações com refugiados e imigrantes no mar Egeu desde que a União Europeia e a Turquia firmaram um acordo que prevê a deportação de todos os imigrantes em situação ilegal que chegaram à Grécia desde 20 de Março os que chegaram ou cheguem após essa data e sejam requerentes de asilo também serão deportados se os pedidos foram recusados pelas autoridades gregas. Na sexta-feira, mais duas embarcações com 120 pessoas partiram da Grécia em direcção à Turquia.

Apesar das tentativas da UE para dissuadir os migrantes de viajarem para a Europa, a chegada de grupos à Grécia prossegue, apesar de a um ritmo mais lento. Segundo as estatísticas da Organização Mundial para as Migrações, mais de 140 mil pessoas chegaram à Grécia provenientes da Turquia desde o início do ano 418 morreram.

A 14 de Março, oito pessoas morreram num naufrágio ao largo da ilha de Kos. O número de naufrágios diminuiu em Janeiro e Fevereiro e os navios do Frontex e da guarda costeira grega patrulham diariamente as águas das ilhas gregas, resgatando os migrantes que tentam chegar à União Europeia em embarcações frágeis e superlotadas.

Um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) de Fevereiro revela que "em média, duas crianças morreram diariamente a partir de Setembro de 2015 nas tentativas de travessia do Mediterrâneo pelas suas famílias; o número de crianças mortas continua a aumentar".

Desde Setembro do ano passado, "quando a criança curda Aylan morreu tragicamente, emocionando o mundo inteiro, mais de 340 crianças  algumas bebés ou muito jovens morreram naquela região do Mediterrâneo", sublinhava o relatório.

 

 

 

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