JSD e JS trocam acusações pelos passes de estudante

A JSD acusa o Governo de "falta de decoro" e de "não terem coluna vertebral", no que toca à reposição dos descontos para estudantes nos passes. A JS considera as declarações "imorais".

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O Ministro do Ambiente afirma ser "impossível, nos tempos mais próximos" a reposição dos descontos. Paulo Pimenta

Os dirigentes da Juventude Social Democrata (JSD) emitiram quarta-feira um comunicado em que acusam o Governo e os partidos de esquerda de “não terem coluna coluna vertebral”, após o ministro do Ambiente ter afirmado ser impossível recuperar os descontos nos transportes públicos para jovens. A direcção da Juventude Socialista (JS) não tardou em emitir uma resposta, em que acusam a JSD de “não ter moral para falar sobre os passes” e consideram as afirmações dos congéneres de direita de “má memória e ainda pior consciência”.

A direcção da JSD, em comunicado, fala em “falta de decoro deste governo e deste ministro”, referindo-se a João Matos Fernandes, que disse na véspera da discussão na especialidade da proposta de Orçamento de Estado que “é impossível, nos tempos mais próximos” voltarem os passes sociais para estudantes, porque isso custaria cerca de 20 milhões de euros ao Governo.

Em resposta, a JS relembrou que os passes “4-18” e sub-23”foram uma iniciativa de um governo socialista, que permitia descontos de 50% no custo dos passes de transportes públicos para estudantes com menos de 23 anos. Em 2012, o governo PSD/CDS reduziu esses descontos para 25%, ou 60% para estudantes cujos rendimentos familiares não ultrapassassem os 503€.

O programa do governo contempla a uniformização dos descontos nos transportes públicos para estudantes, mas o governo PS já recuou nessa proposta, mantendo os regimes escalonados que foram implementados pelo anterior governo.

A JSD afirma no seu comunicado que “cada partido tem naturalmente as preocupações, as agendas e as prioridades que entender, mas começa a ser tempo de serem claros em relação ao seu posicionamento face às mentiras e logros deste governo”, e a JS questiona se a juventude partidária análoga irá apresentar, no Parlamento, “propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2016, ou se, pelo contrário, permanecerá em silêncio.”

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