EDP Comercial reforça aposta na microprodução e autoconsumo de electricidade

Empresa quer duplicar número de instalações solares em 2016 e garante projectos chave na mão a partir de 20 euros mês.

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Medida do Bloco e do PS prevê que custos dos produtores de electricidade com a tarifa social chegue a 100 milhões de euros Filipe Arruda

Um dos eixos da estratégia da EDP Comercial para 2016 vai ser a entrega de projectos chave na mão para microprodução ou autoconsumo, revelou esta esta segunda-feira o presidente da empresa, Miguel Stilwell de Andrade.

Num encontro com jornalistas, o administrador executivo da EDP adiantou que no final do ano passado a empresa tinha 4500 sistemas solares instalados em edifícios e que pretende chegar ao final deste ano com vendas acumuladas de 10.400 unidades.

A base de crescimento ainda é pequena, mas é um segmento em que “existe potencial”, disse o gestor, adiantando que a empresa ficou surpreendida “com a adesão” dos clientes a este tipo de solução. Daí que, para responder a essa “apetência”, a EDP Comercial vá propor uma estrutura de financiamento que permita “alinhar melhor o custo [do investimento] com a poupança” obtida com a produção de energia solar.

No passado, este tipo de projectos podiam ser financiados com uma mensalidade de 30 euros/mês a dois anos, mas a proposta comercial para este ano vem baixar a mensalidade para os 20 euros/mês, estendendo o prazo de pagamento para três anos, explicou.

Com a expansão do mercado liberalizado de electricidade a fazer-se a um ritmo “mais paulatino” agora que 72% dos clientes (ou mais de 4,3 milhões dos seis milhões existentes) já deixaram o mercado regulado, é na prestação de serviços que a EDP Comercial (que já tem 85% do mercado livre) pretende continuar a apostar.

“Achamos que há muito espaço para crescer”, disse Miguel Stilwell de Andrade, garantindo que os clientes valorizam cada vez mais um conjunto de soluções “que tornam a gestão da sua factura e das suas instalações o mais simples possível”. São soluções que podem passar pela eficiência energética, pela energia solar, pela gestão de energia, pela mobilidade eléctrica e pelo armazenamento, exemplificou.

Para a EDP Comercial o futuro passa “por juntar energia e serviços; por ir criando pacotes em que se juntam várias componentes às quais o cliente pode aderir facilmente”, explicou. Como exemplo “mais paradigmático” desta oferta de valor acrescentado, o presidente da EDP Comercial apresentou o caso do Funciona, o serviço de assistência técnica que já tem 120 mil clientes em Portugal e 400 mil em Espanha.

 

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