Marcelo Rebelo de Sousa: “Já perceberam que só eu posso fazer pontes”

Candidato presidencial apoiado pela direita disse esta manhã no Funchal estar confiante numa vitória na primeira volta, e garante que as pessoas já perceberam que só ele pode trazer consensos.

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AFP/FRANCISCO LEONG

Entre beijinhos e abraços, autógrafos e selfies, cumprimentos em alemão e um pezinho de dança, Marcelo Rebelo de Sousa definiu-se esta amanhã, na Madeira, como o único candidato que pode trazer consensos à política nacional.

“As pessoas já perceberam que só eu posso fazer pontes”, disse o ex-comentador em Câmara de Lobos, onde fez e provou a tradicional poncha. Antes, no Funchal, onde começou o dia de campanha, e acompanhado pelos líderes locais do PSD, Miguel Albuquerque, e do CDS, António Lopes da Fonseca, o candidato apoiado pela direita tinha dito que não queria “contaminar” a campanha com temas partidários, comentando a entrevista que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho deu à Rádio Renascença.

Marcelo Rebelo de Sousa concorda com muito do que ouviu, mas não se alongou nos comentários, preferindo reafirmar a confiança de que será eleito à primeira volta, não só pelos indicadores das sondagens, mas pelo que tem sentido nas ruas.

“Aquilo que tenho visto na rua, aquilo que tenho sentido confirma o que as sondagens têm dito”, disse na Baixa do Funchal, onde foi recebido com entusiasmo pelos madeirenses e com curiosidade pelos turistas. O candidato deu autógrafos, tirou fotografias, distribuiu abraços e beijos, parando ainda para trocar impressões em alemão com uma turista berlinense, e abanar o pé ao som de uma banda de músicos de rua.

Durante o passeio, curto mas demorado, ficou-se a saber que Marcelo Rebelo de Sousa prefere os produtos biológicos, come duas bananas por dia – “a da Madeira não é maior, é mais pequena, mas mais saborosa” – e que, se for eleito, como espera, vai viabilizar as 35 horas semanais de trabalho. “Sendo um compromisso governamental, eu, como Presidente da República, só posso aceitar”, justificou, voltando depois, mais à frente, a falar em consensos.

“As famílias têm de saber com o que contam em termos de critérios de avaliação a longo prazo”, defendeu sobre o fim dos exames nacionais no primeiro e segundo ciclos. “Em matéria de exames, eu vou trabalhar e espero reunir consensos.”

Já em Câmara de Lobos, onde terminou a primeira parte da visita, Marcelo Rebelo de Sousa prometeu mais atenção às quotas pesqueiras definidas por Bruxelas, depois de ouvir do autarca local, Pedro Coelho, preocupações sobre a proibição da pesca do peixe-gata imposta pela União Europeia.

“Há regras europeias que prejudicam a pesca portuguesa”, disse, junto à embarcação Sá Carneiro, um ex-líbris da cidade que quis ver de perto. “Foi um grande amigo, e um símbolo para a minha geração”, sintetizou, referindo-se ao histórico ex-presidente do PSD.

O candidato, que deu boleia para o Funchal a um jornalista do El País, a cobrir as Presidenciais portuguesas, regressa a Lisboa no final do dia. Antes, visita uma associação de solidariedade social e o Museu Cristiano Ronaldo.

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