Kate Atkinson ganha prémio Costa de romance

Autora de A God in Ruins é a primeira escritora a ganhar três prémios Costa.

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Autora de A God in Ruins é a primeira escritora a ganhar três prémios Costa. Euan Myles

A God in Ruins, de Kate Atkinson, é o grande destaque deste ano dos Costa Awards, um dos mais prestigiantes e populares prémios literários do Reino Unido e da Irlanda. A obra foi distinguida na categoria de romance e consagra Kate Atkinson como a primeira autora a ser distinguida com este prémio por três vezes.

“Absolutamente magnífico e com uma classe própria. Uma obra de génio”, assim descreve o júri o romance da britânica – que é já o décimo. A God in Ruins, cujo título cita uma célebre máxima de Ralph Waldo Emerson – "um homem é um deus em ruínas" – traça as memórias de um piloto-bombardeiro da Segunda Guerra Mundial, numa continuação da obra antecessora, publicada em 2013: Vida Após Vida (Relógio D'Água).

Atkinson vencera o então prémio Whitebread (antecessor dos prémios Costa) para uma obra de estreia em 1995, com Behind the Scenes at the Museum, que nesse ano venceu também o prémio de livro do ano. E em 2013 ganhou o prémio de romance com o já referido Vida Após Vida.     

Andrew Michael Hurley ganhou o prémio Costa na categoria de primeiro romance com The Loney, uma obra gótica que segue uma família na sua estada anual numa casa na costa de Lancashire (Inglaterra). É, para o júri, “tão próximo de um primeiro romance perfeito quanto possível”. Stephen King, uma das influências de Hurley, considera The Loney "uma fantástica obra de ficção", conta o jornal britânico The Independent.

Aquela que o júri considerou a melhor biografia a concurso conta as aventuras de Alexander Von Humboldt, um erudito alemão do século XVIII conhecido por Kosmos (1843), um tratado sobre ciência e natureza. The Invention of Nature: the Adventures of Alexander Von Humboldt, The Lost Hero of Science foi escrito por Andrea Wulf e é, nas palavras do júri, “uma história que se lê com emoção acerca de um visionário cientista e aventureiro do século XVIII”.

Don Paterson foi o grande vencedor na categoria de poesia, com 40 Sonnets, uma obra que balança entre poemas experimentais e poemas mais tradicionais. “Um tour de force de um poeta no auge dos seus poderes – estes poemas zumbem com vida e inteligência”, justifica o júri, que olha para a obra como “a colecção de destaque do ano”.

O melhor livro para crianças é The Lie Tree, de Frances Hardinge, uma história cujo mote é um misterioso crime. “Adorámos este romance negro, disperso e poderosamente inteligente, que mistura história e fantasia de uma forma que irá agarrar leitores de todas as idades”, garante o júri.

Os Costa Awards 2015, que receberam mais de 630 candidaturas às cinco categorias, foram anunciados esta segunda-feira. Cada premiado recebeu 5000 libras (6.850 euros) e, agora, os cinco autores vão competir pelo Costa Award de livro do ano, que será atribuído por um júri liderado pelo autor James Heneage e que inclui Janet Ellis, Jane Asher, Katy Brand e Matt Haig. O eleito será anunciado a 26 de Janeiro e receberá um prémio de 30.000 libras (um pouco mais de 41 mil euros).

Os Costa Awards surgiram em 1971, sob o nome Whitbread Literary Awards, e mudaram de nome em 2006, quando a cadeia de coffee shops Costa se assumiu como principal patrocinadora.

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