Encontrada criança de três anos que esteve 19 horas perdida numa floresta catalã

Quinhentas pessoas participaram nas operações de busca e salvamento numa zona montanhosa perto de Girona.

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Criança passou a noite de ano novo perdida numa zona montanhosa perto de Girona DR

Desaparecida desde as 17h do último dia do ano numa zona montanhosa perto de Girona, na Catalunha, uma criança de três anos foi encontrada na sexta-feira, pouco depois do meio-dia, por proprietários de uma quinta.

Apesar de apresentar sinais de hipotermia e escoriações na cara, o pequeno Jordi foi encontrado a alguns quilómetros da casa de turismo rural onde a família planeava passar o ano e de onde desaparecera.

Segundo o El País, a criança perdeu-se enquanto brincava por volta das 17h do dia 31 de Dezembro. Pouco depois, a família alertou o 112, que logo activou os meios de busca e salvamento, mobilizando bombeiros e polícia para encontrar o rapaz.

Com o cair da noite a população local juntou-se para ajudar a varrer o terreno, já que os vastos meios accionados pelas autoridades espanholas não produziam efeito.

Ainda na quinta-feira, uma equipa de mergulhadores dos bombeiros chegou a realizar buscas num lago com pouco mais de 1,5 quilómetros quadrados nas proximidades da casa e dois helicópteros sobrevoaram a zona.

Entre voluntários, bombeiros, polícia e protecção civil, estiveram envolvidas na busca mais de 500 pessoas de diferentes pontos da Catalunha, refere o diário espanhol.

As autoridades calculavam que o pequeno Jordi não se tivesse afastado muito da casa onde estava com a família, dada a sua idade, mas a criança acabou por só ser encontrada por volta das 12h30 de sexta-feira.

O alerta foi dado pelos donos de uma quinta situada a pouco mais de um 1,5 quilómetros da casa de onde a criança desaparecera. A algumas centenas de metros da propriedade, o casal encontrou a criança, sem sapatos nem meias e com a cara arranhada pelos ramos, no meio de uns arbustos.

Em declarações à TV3, os pais de Jordi agradeceram a todos os que entraram em 2016 à procura do filho. “Estava assustado e tinha muita fome”, disseram. Foi transportado para o hospital para que fosse observado e agora está bem.

Os seus salvadores são Josep Ribas e Josep Maria, pai e filho, este último médico, que insistiram em procurá-lo num local específico (porque, dizem, não havia muito mais sítios onde achassem que ele pudesse estar), ouviram um ruído — “Não sabíamos se era uma criança ou um gato” —, saíram do caminho, enfiaram-se no meio da vegetação e deram com ele. Abraçaram-se. E ele disse-lhes como se chamava, contaram. “Foi o melhor que me aconteceu na vida, como quando nasceu o meu filho, nunca mais o esquecerei”, disse Josep Maria.

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