Grupo F de favorável para Portugal?

Áustria, Islândia e Hungria são os adversários da selecção portuguesa na fase final do Euro 2016.

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No Euro 2016 vão participar 24 selecções LOIC VENANCE/AFP

Mesmo sendo cabeça-de-série no sorteio em Paris, Portugal não estava livre de apanhar equipas como a Itália, a Suécia ou a Turquia logo na fase de grupos do Euro 2016, que se realiza em França. Mas este foi um sorteio em que o estatuto foi acompanhado por alguma felicidade e, assim os adversários de Cristiano Ronaldo e companhia no Grupo F serão, por esta ordem, Islândia, Áustria e Hungria. Comparado com o Grupo E, que juntou Bélgica, Itália, Suécia e República da Irlanda, o Grupo C, olhando para os estatutos das quatro equipas, parece menos equilibrado. Mas todo o cuidado é pouco.

Historicamente, Portugal tem bons registos com dois dos seus três adversários. Ganhou os seus dois jogos à Islândia e triunfou em sete dos dez confrontos com a Hungria, e só com a Áustria é que fica a perder (três derrotas, cinco empates e duas vitórias). E olhando para o ranking da FIFA, a selecção orientada por Fernando Santos é a mais bem classificada do agrupamento (7.ª, 4.º da Europa), seguida de perto pela Áustria (10.ª). Mais longe estão Hungria (20.ª) e a estreante Islândia (38.ª), segunda pior da hierarquia entre as 24 selecções presentes no torneio – a também estreante Albânia está em 38.º.

Apesar da aparente felicidade no sorteio, Fernando Santos não quer falar de sorte ou de azar, pelo menos enquanto não analisar com mais pormenor os três adversários de Portugal. “Não acredito em facilidades nem em dificuldades, acredito que só com trabalho é que se conseguem resultados. Temos de respeitar todos os adversários e encontrar soluções para seguir em frente”, considera o seleccionador nacional. Para Fernando Santos, a Áustria tem estado “em forte crescimento”, enquanto a Islândia mostrou potencial porque se apurou “à custa da Holanda, uma equipa fortíssima”. Quanto à Hungria, o seleccionador admite menor conhecimento, mas alerta para a motivação que representa  um regresso a um Europeu 44 anos depois.

Os grupos da morte
Bierhoff, Panenka, Charisteas e Trezeguet, as quatro antigas glórias que participaram no sorteio, deram bastante sorte a Portugal, mas muito azar a outras selecções. Como por exemplo, o Grupo E, que juntou Bélgica, Itália e Suécia. Vista como uma enorme constelação de talentos, a selecção belga, actual número um do ranking FIFA, terá vida difícil perante uma Itália em processo de reconstrução com António Conte, ou com a vontade de Zlatan Ibrahimovic de se despedir em beleza da selecção sueca. Mas, como o modelo competitivo prevê o apuramento dos quatro melhores terceiros, o mais certo é a fava calhar aos irlandeses.

O sorteio também não foi nada meigo com campeã em título, a Espanha. Para além da equipa de Vicente del Bosque, o Grupo D inclui Turquia, Croácia e República Checa, um agrupamento em que nenhuma equipa pode ser descartada de imediato. A anfitriã França é a óbvia favorita no Grupo A, abrindo a sua campanha (e o torneio) a 10 de Junho frente à Roménia. Este grupo tem a curiosidade de juntar Suíça e Albânia, tendo em conta que os suíços têm bastantes jogadores de herança albanesa e os albaneses conseguiram incluir alguns jogadores que nasceram na Suíça.

Duelo de vizinhos é o que vai acontecer no Grupo B entre Inglaterra e o País de Gales, enquanto o Grupo C terá um reencontro entre a campeã do mundo Alemanha e a Polónia, depois de ambas terem feito o apuramento no mesmo grupo.

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