Perfil dos adversários de Portugal

Um estreante e dois regressados. Todos perigosos.

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FRANCK FIFE/AFP

Áustria não é só Alaba e mais dez

Num grupo que não tinha nenhum favorito óbvio, a Áustria passeou-se com facilidade surpreendente e acabou a fase como a segunda melhor equipa da qualificação, com nove vitórias e um empate (só a Inglaterra fez melhor, com 10 triunfos), e deixando bem para trás Rússia e Suécia. Esta é apenas a sua segunda participação em fases finais, depois de ter marcado presença no torneio de 2008, que organizou, em parceria com a Suíça – um empate em três jogos não foi o suficiente para passar da primeira fase.

Oito anos depois, os austríacos, orientados pelo suíço Marcel Koller, estão de volta aos grandes palcos e não parecem, de todo, uma selecção frágil. A grande “estrela” é David Alaba, lateral-esquerdo do Bayern que, na selecção joga no meio-campo, mas há outros nomes a destacar, como o defesa do Leicester Christian Fuchs, o médio do Stoke City Marko Arnautovic, ou Marc Janko, antigo jogador do FC Porto que está a ter uma excelente época no Basileia, depois de ter renascido no futebol australiano. Tem um longo historial de confrontos (desde 1936) frente a Portugal e com um bom registo – três vitórias, cinco empates e duas derrotas.

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Mark Janko, antigo avançado do FC Porto Reuters

Islândia, país pequeno e selecção perigosa

É um dos estreantes neste Europeu e é o país mais pequeno a participar em fase finais do torneio, mas nem por isso se deve pensar que é um adversário acessível. A Holanda que o diga, depois de sofrer duas derrotas durante o apuramento. Liderados por um sueco experiente (Lars Lagerback), os islandeses finalmente cumpriram o que andavam a prometer desde a fase de qualificação para o Mundial 2014, em que só caíram no play-off. Desta vez levaram a campanha até ao fim.

Esta já não é a selecção de Eidur Gudjohnsen, o jogador mais conhecido da Islândia da última década e meia - a participação do avançado de 37 anos na campanha foi residual, com três jogos e um golo. A “estrela” islandesa da actualidade chama-se Gylfi Sigurdsson, médio do Swansea, melhor marcador da sua selecção durante a qualificação, um especialista em bolas paradas. Frente a Portugal, o estreante nórdico tem um registo 100 por cento negativo, duas derrotas em dois jogos (5-3 e 3-1) na qualificação para o Euro 2012.

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Jogadores islandeses festejam a estreia num Europeu de futebol Reuters

Hungria, uma equipa em busca do seu passado

Se alguém disser que a Hungria é uma das melhores selecções da história do futebol mundial, não andará longe da verdade – basta olhar para as duas finais de Mundiais perdidas em 1938 e 1954 e os três títulos olímpicos de futebol em 1952, 1964 e 1968. Mas há muito que a Hungria está longe da ribalta do futebol internacional e esta presença no Euro 2016, a primeira numa fase final desde o Mundial de 1986, só acontece porque o torneio foi alargado para 24 selecções.  

A Hungria teve uma fase de apuramento bastante turbulenta, com três treinadores, e ´so com o alemão Bernd Storck no banco, conseguiu o sucesso, derrotando a Noruega no play-off. Esta selecção magiar que vai cumprir a sua segunda presença em europeus (a primeira foi em 1972) não tem “estrelas” de grande projecção internacional, mas apresenta uma defesa sólida e uma equipa solidária. O seu guarda-redes Ganor Kiraly será o nome mais conhecido desta Hungria que tem muitos dos seus internacionais a jogar na liga húngara. A Hungria nunca ganhou a Portugal (três empates e sete derrotas), tendo defrontado os “Magriços” no Mundial de 1966, onde perdeu por 3-1, com dois golos de José Augusto e um de Torres.

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Ganor Kiraly Reuters
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