Sobrinho Simões eleito o patologista mais influente do mundo

Votação promovida pela revista The Pathologist.

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Manuel Sobrinho Simões NFACTOS / FERNANDO VELUDO

O presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), Manuel Sobrinho Simões, mostrou-se esta segunda-feira “muito contente” por ter sido eleito o patologista mais influente do mundo e disse esperar que aumente o interesse naquela especialidade.

“É evidente que fiquei muito contente exactamente por ser uma votação entre pares, de todo o mundo, em que há 100 nomeados e muitas das pessoas são patologistas que eu admiro imenso”, disse à agência Lusa Sobrinho Simões, no dia em que foi conhecida a publicação da primeira lista dos 100 patologistas mais influentes do mundo pela revista The Pathologist, lançada em 2014.

Questionado sobre a importância desta votação para a patologia portuguesa, o investigador disse que há poucos patologistas em Portugal e “cada vez em menor número porque é uma especialidade muito difícil, não se ganha muito bem e é muito exigente”.

“E, portanto, a visibilidade da patologia dada agora por esta eleição e sendo em Portugal e sendo a primeira vez, essa noção de que nós somos capazes de competir internacionalmente e de ser conhecidos torna interessante a profissão para jovens médicos quando estão a escolher a profissão e esperamos que isto possa ser usado como chamariz para aumentar o recrutamento de bons patologistas”, acrescentou Sobrinho Simões.

Entre as frases dos eleitores sobre o médico português seleccionadas pela revista pode ler-se que Sobrinho Simões “contribuiu mais do que qualquer outra pessoa para a visibilidade da patologia na Europa” e que se trata de “um cientista proeminente de um pequeno país com poucos recursos, fundador de uma instituição proeminente que faz a diferença, sem sair do seu país”.

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) sublinhou que terá tido “muitos votos da Turquia, da Roménia, da Sérvia, do Brasil, da Colômbia”, por exemplo, por serem países de onde provêm muitos patologistas que passam pelo Ipatimup e pela FMUP, locais “de acolhimento de patologistas de muitos sítios”.

Na lista encontram-se outros dois nomes ligados ao Ipatimup, como o da também antiga presidente da Sociedade Europeia de Patologia, Fátima Carneiro, e o de Jorge Reis-Filho.

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