Ministro da Ciência pediu à OCDE para avaliar sistema científico português

Processo deverá demorar cerca de 18 meses.

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Manuel Heitor João Henriques

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, pediu esta segunda-feira à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para avaliar o estado o sistema científico e de ensino superior em Portugal, dez anos depois da última avaliação.

“De dez em dez anos, o sistema de ciência e tecnologia deve ser examinado pela OCDE e, após o período de austeridade financeira, penso que é altura de voltarmos a ser examinados de forma totalmente independente pela OCDE”, disse à Lusa Manuel Heitor, no final da reunião, em Paris, com os directores das divisões de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação da organização internacional.

Manuel Heitor acrescentou que o convite foi aceite pela OCDE e que espera que o exame possa vir a ser lançado no próximo ano para “reforçar e dignificar a comunidade científica e académica portuguesa, mas também para abrir novas perspectivas para o desenvolvimento da ciência e do ensino superior em Portugal”.

Tal como na última avaliação, o processo deverá demorar cerca de 18 meses, segundo o ministro. A forma como o próprio sistema científico do país está organizado e o seu financiamento deverão ser questões críticas nesta avaliação.

O ministro deslocou-se esta segunda-feira a Paris, onde participou, de manhã, Fórum para a Inovação Sustentável, no âmbito da Cimeira do Clima (COP21), no qual defendeu que “não há inovação sustentável sem mais conhecimento, sem mais cultura”. Apresentado pela organização como “o maior acontecimento paralelo” da COP21, este fórum junta hoje e terça-feira mais de 750 participantes dos sectores público e privado, oriundos de 43 países. A COP21, que decorre até ao próximo dia 11, sexta-feira, reúne, em Paris, representantes de 195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa que permita limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus Celsius acima dos valores registados antes da revolução industrial.

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