Oi e fundo de milionário russo em negociações exclusivas para fusão com a TIM

Acordo vigora durante sete meses. Mikhail Fridman já se tinha mostrado disposto a investir, se a operadora conseguisse juntar-se à rival.

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27% da Oi estão nas mãos da portuguesa Pharol Nacho Doce/Reuters

A operadora brasileira Oi, que já foi dona da PT Portugal, e o fundo de investimento LetterOne, do milionário russo Mikhail Fridman, assinaram um acordo exclusividade para a fusão da operadora com a concorrente TIM, que é controlada pela Telecom Itália.

A Oi já tinha informado ter recebido uma proposta de investimento por parte do grupo LetterOne que poderia ascender a quatro mil milhões de dólares, caso a operadora conseguisse a fusão. Nesta sexta-feira, a empresa brasileira informou ter enviado uma contraproposta à LetterOne e que as duas empresas acordaram negociações exclusivas até Abril do próximo ano.

“A Oi recebeu confirmação da a L1 Technology [o braço do grupo que se dedica ao sector das telecomunicações] de que concorda com todos os termos da contraproposta. Dessa forma, a Oi e a L1 Technology passam a estar vinculadas pela exclusividade pelo prazo de sete meses contados de 23 de Outubro de 2015”, explica o comunicado da empresa. O acordo diz respeito a combinações de negócios envolvendo companhias de telecomunicações ou activos de telecomunicações no Brasil”.

O grupo Letter One é encabeçado por Mikhail Fridman, classificado pela revista Forbes como a segunda pessoa mais rica da Rússia. O grupo tem na administração outro multimilionários russos, um ex-ministro daquele país, um ex-ministro britânico e um antigo primeiro-ministro da Suécia.

“Se concretizada a operação em construção, espera-se uma redução de alavancagem da Oi, tornando-a um player mais robusto, e a geração de importantes sinergias e ganho de escala, promovendo geração de valor para todos os accionistas”, argumenta o comunicado da operadora. “Uma potencial união da Oi com a TIM Participações deve resultar na constituição de um operador mais completo e bem posicionado, capaz de competir com players globais já instalados no país.”

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