Não estranhe se hoje ao apanhar um transporte público o motorista estiver vestido de cor-de-rosa. Algumas das principais empresas de transportes do país aderiram à campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro para assinalar o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, alertando para a importância da detecção precoce. Todos os anos são detectados em Portugal seis mil novos casos.

A Liga nota que os motoristas dos transportes públicos têm contacto directo com mais de 1 milhão de pessoas diariamente, razão porque foi pedido o seu apoio  para espalhar a mensagem da importância da detecção precoce. “Os estudos mostram uma correlação directa entre o momento da deteção e a taxa de sucesso do tratamento”, refere-se.

São cinco as cidades portuguesas que se vestem esta sexta-feira de cor-de-rosa. Os transportes públicos, que aderiram, em Lisboa, foram a Carris, Metro e Transtejo; no Porto cerca de 700 motoristas e 8 guarda-freios da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) envergarão a t-shirt, refere o respectivo site; em Coimbra, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra e a empresa de camionetas TRANSDEV; na Madeira a empresa de autocarros Horários do Funchal e nos Açores a Empresa de Viação Terceirence, Lda Angra do Heroísmo.

Ao mesmo tempo, cerca de 30 mil voluntários da Liga iniciam nesta sexta-feira o peditório a favor da organização, que decorrerá em todo o país até segunda-feira, refere a Lusa. A iniciativa tem como objectivo “alertar a população para a importância de contribuir para esta causa”, refere a instituição em comunicado. “Lançamos novamente o repto aos portugueses para que se juntem à LPCC e à luta contra o cancro”, afirma o presidente da Liga, Francisco Cavaleiro de Ferreira, lembrando que o peditório “é uma das acções de angariação mais importantes” para a organização.

As receitas do peditório permitem dar continuidade aos diversos projectos que a Liga tem vindo a desenvolver na luta contra o cancro. “No entanto, mais do que uma recolha de fundos, queremos que este seja um exemplo nacional de entreajuda e de solidariedade para fazermos mais e ajudarmos mais”, sublinha Francisco Cavaleiro de Ferreira, em comunicado citado pela Lusa.

Durante os quatro dias da iniciativa, os voluntários vão estar em locais distintos, como centros comerciais, igrejas, cemitérios, supermercados e principais ruas da cidade devidamente identificados com o colete da instituição e com o cofre. Este ano, além da contribuição tradicional, os portugueses poderão fazer o seu donativo através de QRCode (código de resposta rápida para identificação digital), de “forma simples e segura”.