Washington Fajardo: “Não teremos elefantes brancos nas Olimpíadas do Rio de Janeiro”

O presidente do Rio Património da Humanidade esteve no Porto a mostrar como a cidade está a preparar-se para acolher os Jogos Olímpicos de 2016. Falou da necessidade de corrigir o pensamento modernista, ainda muito presente na sociedade brasileira, e de resgatar o valor histórico da cidade.

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Washington Fajardo Fernando Veludo/NFactos
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Obras para o Parque Olímpico na Barra da Tijuca Bruno Domingos/REUTERS
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Maqueta do projecto de Santiago Calatrava para o Museu do Amanhã DR

Nascido em São Paulo há 43 anos, mas carioca por opção e herança familiar, Washington Fajardo, arquitecto e urbanista, preside ao Instituto Rio Património da Humanidade e ao Conselho Municipal de Protecção do Património Cultural. Veio ao Porto, no dia 20, participar na jornada Cidades Performáticas, com uma conferência em que mostrou como o centro do Rio de Janeiro está a ser intervencionado tendo em vista os Jogos Olímpicos. Foi um regresso a uma cidade que tinha visitado no ano 2000, quando a Baixa portuense se encontrava esventrada a preparar a Capital Europeia da Cultura.

Visitou o Porto há década e meia. Como viu agora a cidade?
Agora estive pouco tempo, infelizmente. Mas guardo uma excelente memória de quando estive aqui, em 2000. Era a primeira vez que vinha à Europa. Ganhei um concurso internacional sobre urbanismo em Santiago de Compostela. Tinha três anos de formado, apenas; foi a minha primeira grande viagem e realização profissional internacional. Foi nessa altura que vim ao Porto, e estive uma semana aqui. Fiquei hospedado na Ribeira, na casa de um amigo, artista plástico brasileiro, que tinha sido agraciado com uma bolsa. Foi uma experiência muito interessante: ficar ali, na Ribeira, e ver a transformação urbana. Mais do que o projecto, era ver a gestão urbana com o escritório implantado no próprio local. Lembro-me de andar pelo centro e ver muitas obras, e as pessoa mal-humoradas com elas. Pelo que vi agora nesta região central, acho que foi bem-sucedido.

A gente, no Rio [de Janeiro], hoje, de certa maneira também está nesse momento, com muito mau humor por causa das obras. Mas as cidades precisam de fazer essas operações de transformação. E isso nunca é um processo fácil. A cidade é um espaço colectivo, e qualquer pequena operação atinge, no mínimo, centenas de pessoas.

No Rio, as pessoas também se sentiram muito afectadas com as obras? Qual foi o grau de intervenção na cidade?
O Rio de Janeiro é hoje uma cidade em absoluta transformação. As Olimpíadas são já no ano que vem e, felizmente, já deixámos esse período mais complicado; agora é o tempo de ver o sucesso das realizações.

A intervenção começou quando?
Começou em 2009. A administração do prefeito Eduardo Pais comprometeu-se, desde o começo, com grandes transformações urbanas, especialmente na região do porto, através do programa Porto Maravilha. Houve um consenso – posso dizer, quase que forçado –, e isso é muito bom. As Olimpíadas fazem parte de um planeamento estratégico da cidade já há muitos anos, desde 1994, quando a cidade fez o primeiro grande plano estratégico para reposicionar o Rio de Janeiro como uma cidade global. Historicamente, o Rio sempre foi global, desde a época do império português. Entretanto, quando deixou de ser capital, com a construção de Brasília, viveu um longo período com uma certa confusão de identidade. “Que tipo de cidade somos?...” Era o espaço de representação do poder desde o século XVIII e, de repente, em 1960 deixa de ser capital.

Isso foi muito sofrido pelos cariocas?
O Rio de Janeiro, como município, é jovem, só surge em 1975. E nunca o soube ser – é radicalmente diferente ser distrito federal ou ser município. É como se você estivesse numa categoria de elite das cidades, com uma certa soberba urbana: não estava preocupada em cuidar de coisas pequenas – afinal, você é uma capital. Depois de viver um período estranho entre 1960-75, quando o Rio de Janeiro se torna um município e vira cidade-Estado, é uma outra condição nova. Os anos 80 foram muito confusos, economicamente, para todo o Brasil, e especialmente para o Rio, onde os processos de violência também foram muito acentuados. A cidade começa a sonhar novamente nos anos 90, quando começa a fazer planos de longo alcance. É nesse contexto que é feito o plano estratégico, que define claramente: “Vamos procurar um posicionamento mais internacional, e procurar realizar grandes eventos”. A cidade faz os Jogos Pan-Americanos [em 2007], e candidata-se três vezes às Olimpíadas. Finalmente, em 2009, vem o resultado positivo …

A classificação como Património da Humanidade, em 2012, foi importante para reforçar a auto-estima?
Sim. E também foi um processo longo, que levou quase dez anos. Estes prazos são muito importantes, porque estes processos levam muito tempo e, muitas vezes, há a percepção de que a sociedade não participa. O que acontece é que, colectivamente, a gente esquece rápido, e o conjunto da sociedade, que está obviamente dedicada às suas vidas privadas, não está acompanhando a par e passo essa agenda pública. O Rio de Janeiro é um bom exemplo de que esses processos são longos. Mas chega o momento em que você tem de facto ali a convergência de todas as realizações.

A intervenção para as Olimpíadas teve um cariz mais de ordem patrimonial, arquitectónica ou urbanística?

São questões de infra-estruturas urbanas, de resolver o problema das inundações, provocadas pelo deslizamento de encostas, pelas condições geológicas dos morros da cidade…

Na sua intervenção em Serralves, pôs muito a tónica na questão da mobilidade…
O Rio de Janeiro tem dois desertos verdes, que são os maciços montanhosos da Tijuca e da Pedra Branca. Historicamente sempre foi muito difícil contornar a cidade – você tem que dar a volta. A cidade tinha um grande problema de conexão de transportes de grande densidade, que foi resolvido com o BRT (Bus Rapid Transit), que é o modelo que Curitiba, e a Colômbia, adoptaram em grande escala.

A questão da criminalidade e da segurança é das mais faladas, pelo menos no noticiário que chega até nós.
No Rio de Janeiro, o policiamento é assegurado pelo governo do Estado, através do programa Polícia de Pacificação (PP), que tem sido hesitante. Enfrentar a questão da segurança, principalmente nas áreas informais, é uma iniciativa de longo termo, que começa no policiamento, mas precisa de ter continuidade noutras acções. Hoje estamos na fase do policiamento, que não é fácil, é muito dura. Do ponto de vista da estratégia militar, esses territórios informais, os morros, são facilmente controláveis [pelos traficantes] que conseguiram armar-se, pesadamente. Mas o tráfico de drogas no Brasil nunca teve um traço político como na Colômbia, por exemplo. Ele conectou-se a outras práticas, principalmente à da corrupção dentro da própria polícia. E uma estratégia muito interessante da PP é que ela é uma nova polícia que surge dentro da velha polícia: são agentes mais jovens, melhor qualificados, com melhores salários, apartados daquele grupo de policiais que já existiam. É uma estratégia muito inteligente de criar uma nova mentalidade na polícia. Mas é um processo muito difícil, e a percepção da sociedade é muito transitória.

Como é que a intervenção do Instituto que dirige está a contribuir para a alteração da situação da cidade. Disse em Serralves que a sua preocupação é fazer com que a população regressa ao centro. Esse é o objectivo de muitas cidades portuguesas, designadamente o Porto e Lisboa, que vêem os seus centros históricos desertificados…
Nós temos na região do porto uma das menores densidades da cidade – são 5 milhões de metros quadrados somente para 28 mil habitantes, e o centro inteiro tem pouco mais de 40 mil, numa cidade que tem 6 milhões! A maior concentração da população está na zona sul, em Copacabana, e na zona norte, na Barra da Tijuca e na área da Grande Méier. O centro está vazio de moradias, mas, entretanto, é muito utilizado como zona de comércio e serviços. Isso traz um desafio maior, porque cria uma percepção equivocada. Tem uma vida aparente, mas que é, na verdade, muito frágil, porque vai de segunda a sexta, das oito da manhã às seis horas da tarde. A partir daí, esvazia-se. Isso traz menor capacidade de resiliência e de sustentabilidade. Depende mais de políticas públicas do que o território que tem mais densidade. É preciso estar sempre cuidando daquilo que é vazio, que é mais frágil.

Qual é a estratégia para enfrentar essa situação?
Nessa região do porto, que dispõe de áreas para o desenvolvimento imobiliário, ofertar aí uma nova perspectiva de desenvolvimento. É uma estratégia que tem como finalidade contrapor a região da Barra da Tijuca, que os promotores imobiliários olham como mais interessante.

Essa intervenção deverá ser feita com arquitectura nova, contemporânea, ou preferencialmente preservando o património existente?
Os dois casos. Contemporânea sim, corporativa, residencial, mas que também promova a reabilitação das áreas históricas. O Rio de Janeiro, do ponto de vista da morfologia urbana, é uma cidade muito híbrida: o edifício contemporâneo e o histórico são vizinhos. Não nos incomoda essa mistura arquitectónica. Isto é o centro do Rio, que funciona de uma maneira bastante mesclada. A nossa estratégia é do mesmo modo: ofertar grandes novas áreas de terenos para grandes empreendimentos e com isso criar o desejo da nova cidade no centro. Isso também tem uma estratégia de preservação histórica no seu conjunto.

Nesse sentido, criámos um mecanismo que destina 3% dos recursos financeiros para a preservação e aplicação no património. Isso se mostrou um engenho muito importante.

Qual é o orçamento global?
São 110 milhões de reais [cerca de 24,8 milhões de euros]. Se eu for converter em dólares ou em euros, vou ficar um pouco deprimido (risos). Apesar de tudo, é o maior investimento em património cultural por metro quadrado na história do país. E isso tem sido utilizado para resgatar o carácter urbano da região, resgatando os edifícios que são relevantes do ponto de vista da monumentalidade, da relevância histórica, e também edifícios que têm valor comunitário. É importante também falar no resgate do património imaterial, através de manifestações culturais, da música – o samba surgiu na região do porto, que sempre foi um lugar de muita mistura étnica e social. Temos o resgate de empreendimentos ligados à vida cultural: casas de música, espaços culturais alternativos...

Para esta intervenção foram convocados grandes arquitectos brasileiros, ou eventualmente estrangeiros? Quem é que está a desenhar o novo centro da cidade?
No que é realizado pelo mercado imobiliário, isso é feito de acordo com as suas próprias escolhas. Dos edifícios de carácter público, a cidade tem optado por trabalhar com arquitectos que representam o melhor da nossa produção arquitectónica, e também arquitectos mais jovens, como os do Museu de Arte do Rio [MAR, inaugurado em 2013], o escritório Bernardes + Jacobsen, um edifício histórico que foi reabilitado de uma maneira contemporânea, mais contundente, e que foi inspirado pela paisagem do Rio de Janeiro. E é um museu de sucesso. Mas também temos o caso do Museu do Amanhã, com um grande nome mundial da arquitectura, Santiago Calatrava, que está praticamente pronto – vai inaugurar em 19 de Novembro. Já o projecto urbanístico é do escritório do arquitecto brasileiro João Pedro Backheuser, em colaboração com o escritório Alonso, Balaguer e Arquitectos Associados, de Barcelona.

Não há o medo de que, com as Olimpíadas, aconteça o mesmo que aconteceu com a construção dos estádios para o Mundial – algo que também experimentámos em Portugal, à nossa medida, no Euro 2004, e nesse mesmo ano com os Jogos Olímpicos de Atenas?...
Está a falar dos “elefantes brancos”. Mas não, não teremos “elefantes brancos” no Rio de Janeiro. Isso sempre foi uma preocupação, e a cidade criou algumas inovações nesse sentido. Primeiro, com a organização dos Jogos Pan-Americanos a cidade criou 50% de todos os espaços desportivos de que precisava para as Olimpíadas. E isso foi muito importante até para ganhar os Jogos. Claro que foi preciso adaptá-los para os standards olímpicos… Isso também explica o facto de o parque olímpico ficar na Barra da Tijuca, que tem ali já um cluster de desportos de alta performance.

E nós criámos uma inovação muito interessante, que é a chamada arquitectura nómada: algumas arenas serão desmontadas e virarão outras coisas depois dos Jogos. Por exemplo, a arena de andebol, o arquitecto fez o projecto já sabendo que ela seria desmontada e vai virar quatro escolas municipais. É como se fosse um lego, ou um transformer: o edifício é desmontado e adaptado a outros usos. Isso exige maior planeamento, mas foi uma decisão para evitar os elefantes brancos. E é uma estratégia que vai acontecer noutros espaços. E parte significativa do Parque Olímpico ficará para espaços de alta performance, que é uma carência do Brasil, que não tem um centro de treino de alta performance. Isso não é responsabilidade de cidade, mas do comité olímpico. E há a expectativa de que os atletas brasileiros possam vir a ter também resultados melhores na Olimpíadas. A gente não quer realizar as Olimpíadas e perder 7-1 como na Copa (risos)… Queremos ter a nossa melhor performance de sempre nas Olimpíadas. Mas isso não é responsabilidade da cidade.

Apresentou como mote da sua conferência em Serralves a frase “A melhor cidade que existe é a cidade que existe”. Estava a referir-se exclusivamente ao Rio de Janeiro?...
Isso é um certo mantra, que entendo ser necessário repetir. Porque, no Brasil, é ainda muito forte o modo modernista de pensar a cidade. É uma característica da sociedade brasileira, onde o projecto moderno, anti-historicista, que afirma que os novos territórios são os melhores territórios, traz uma perspectiva que eu acho equivocada. Somos uma sociedade ainda muito desigual, com muitas injustiças, que ainda tem desafios. Então, de uma certa maneira, esse pensamento urbano modernista se apresenta como um pensamento salvador.

Na sua intervenção, referiu-se à demolição da via “perimetral” como uma forma de corrigir essa herança do modernismo. Esse pensamento modernista continua assim tão presente ainda na sociedade brasileira?
Demolir a “perimetral” é resgatar o valor histórico da cidade. Ela foi uma realização do pensamento modernista. A modernidade partia sempre desse pressuposto de que você pode trespassar o território, e que o valor local não é o valor prioritário; o valor da magnitude, da escala metropolitana é que é o principal. Por isso se justifica passar um viaduto em qualquer lugar. Esse é um valor de pensamento que a sociedade brasileira ainda tem. Em todas as grandes cidades brasileiras – e essa é uma situação muito mais drástica do que o que acontece com as cidades portuguesas –, os centros estão absolutamente vazios; e as pessoas ainda procuram uma cidade melhor nas bordas, uma cidade que vai ainda ser feita.

O Rio de Janeiro, hoje, está na vanguarda urbanística no Brasil, porque está dizendo: “Não, as transformações prioritárias têm de ser no centro da cidade”. Eu acho que a arquitectura moderna é de grande qualidade, mas no objecto arquitectónico. O pensamento urbanístico moderno, o mundo inteiro já o questiona desde a crise do petróleo dos anos 70. A principal crítica ao pensamento urbanístico modernista foi a crise da energia, porque a gente não tem condições de gerir essa escala metropolitana baseada no carro, no viaduto, nos elevados, sem resolver a questão energética.

É nesse contexto que surge, e defende, o conceito de “andabilidade”?
Esse é um valor fundamental. A gente tem ainda que descobrir a tradução correcta, no português, para o conceito que em inglês se chama “walkability”. No Brasil tem gente que fala de “caminhabilidade”, mas eu prefiro “andabilidade”: é uma cidade de escala humana, baseada no caminhar. E é uma cidade lenta. Porque também entendemos, dentro desse modo de pensar modernista, que essa cidade, porque funciona no rés-do-chão, caminhando-se nela, é uma cidade ineficiente. Que não tem uma economia boa, que é uma cidade que não realiza grandes feitos pelo facto de ser feita a pé. Isso resulta da prevalência de uma visão equivocada de industriosidade, em que a gente precisa de ter o carro e de fazer grandes deslocamentos para podermos ser felizes e produzirmos uma pujança económica. É um pensamento que já caiu por terra, e cada vez mais as novas gerações, no século XXI, vão priorizar processos de artesania em relação aos de industriosidade.

O que conhece da arquitectura portuguesa?
Obviamente, aí o Porto está muito bem, por abrigar dois prémios Pritzker, o Siza e o Eduardo Souto de Moura. Gosto muito das suas obras, e do Gonçalo Byrne, também um arquitecto que me encanta muito. E dos Aires Mateus, que têm uma produção muito interessante. Conheço menos as novas gerações, mas sei que tem gente fantástica; há uma continuidade no rigor e na inovação. Infelizmente, eu só não vou conseguir citar os nomes...

Gosta do Museu Iberê Camargo de Siza, em Porto Alegre?
Gosto muito. É um edifício magnífico.

E já visitou o Museu dos Coches?
Não. Só por imagens na Internet e nalgumas publicações. Mas gostaria muito de conhecer a obra do Paulo Mendes da Rocha

Os arquitectos portugueses queixam-se, muitas vezes, da dificuldade de entrar no Brasil, porque o seu país tem uma política muito proteccionista, na arquitectura como na engenharia. Por exemplo, nos estádios feitos para o Mundial, praticamente não havia arquitectos estrangeiros…
Nós temos também os nossos Pritzkers, uma longa tradição e arquitectos de muita qualidade…

Mas, em tempo de globalização, e atendendo até às relações históricas de Portugal com o Brasil, não seria de esperar uma maior circulação entre ambos os países nesta área?
Sim. Mas, por exemplo, hoje, no Rio de Janeiro, você tem o Santiago Calatrava no Museu do Amanhã; tem o escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro fazendo o novo Museu da Imagem e do Som. E, no sector privado, tem o Richard Meier fazendo um edifício corporativo [Leblon Offices], a Zaha Hadid fazendo um hotel. E o Christian de Portzamparc fez a Cidade das Artes… A gente tem hoje no Rio de Janeiro muitos arquitectos estrangeiros colaborando.

Mas poucos portugueses…
Há alguns anos atrás, quando o mercado na Europa estava um pouco mais abalado, houve um grande fluxo de profissionais portugueses para o Brasil. Nesse momento foi firmado um acordo entre o colégio dos arquitectos de Portugal e do Brasil, uma série de facilidades e agilidades foram criadas. É muito mais fácil, hoje, para um arquitecto português se habilitar para o mercado brasileiro e, de uma maneira recíproca, um arquitecto brasileiro se habilitar para o mercado português. Mas concordo que, do ponto de vista de representações mais singulares, há ainda a necessidade, e um potencial maior de diálogo.

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