Netflix abranda nos EUA e acelera no resto do mundo

Empresa chega a Portugal para a semana e quer completar globalização no próximo ano.

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O Netflix, o serviço de séries e filmes na Internet que chega a Portugal na próxima semana, conseguiu menos novos utilizadores nos EUA do que a própria empresa esperava, indicando um abrandamento no mercado onde consegue a grande maioria das suas receitas. Mas excedeu as expectativas no resto do mundo.

O serviço atraiu 880 mil novos assinantes naquele país no trimestre passado, abaixo do mesmo período de 2014 e um valor também inferior às estimativas de 1,15 milhões que o Netflix tinha feito, divulgou a empresa na comunicação trimestral de resultados. A empresa atribui parte deste abrandamento às assinaturas que não foram renovadas devido a dificuldades de cobrança colocadas pela mudança para a tecnologia de chip nos cartões bancários, que está agora a acontecer nos EUA.

As estimativas de crescimento global, no entanto, ficaram ligeiramente acima do estimado, graças aos 2,74 milhões de novos utilizadores nos restantes países. Ao todo, o serviço de assinaturas (o Netflix tem ainda clientes para o serviço de entrega de DVD) cresceu para 69,2 milhões de membros, o que inclui cerca de três milhões de utilizadores não pagantes, como é o caso dos que estão a usar a fase de testes.

As receitas totais cresceram 23%, para 1738 milhões de dólares. Os resultados operacionais desceram para 74 milhões, abaixo tanto do mesmo trimestre de 2014 (110 milhões), como das estimativas, que apontavam para 81 milhões de dólares.

O Netflix tem feito um esforço de internacionalização, à medida que a presença no mercado americano atinge um maior grau de maturidade. Na próxima quarta-feira, chegará ao mercado português, terminando a fase de expansão na Europa Ocidental. “Com o lançamento bem-sucedido no Japão, e os lançamentos para a semana em Espanha, Itália e Portugal, estamos a caminho de nos tornarmos globais no final de 2016”, refere o comunicado da empresa. O serviço está disponível em todo o continente americano, na Austrália e Nova Zelândia e em parte da Europa.

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