Desafio "Não à Diabetes" vai permitir rastrear um quarto da população

O projecto da Fundação Gulbenkian tem como um dos objectivos evitar que 50 mil pré-diabéticos desenvolvam a doença nos próximos cinco anos.

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O risco de diabetes é mais de quatro vezes superior no grupo sem formação

Um quarto da população adulta dos municípios da Grande Lisboa, Alto Trás-os-Montes, Lezíria do Tejo e Frente Atlântica vão ser rastreados à diabetes, no âmbito do Desafio Gulbenkian "Não à Diabetes!", que é apresentado nesta segunda-feira. Estes serão os primeiros cidadãos rastreados no âmbito deste projecto, embora se preveja que toda a população venha a ser abrangida por esta medida preventiva.

Trata-se do Desafio Gulbenkian "Não à Diabetes!", que junta autarquias e instituições de saúde locais, regionais e nacionais, e tem dois objectivos: evitar que 50 mil pré-diabéticos desenvolvam a doença nos próximos cinco anos e identificar, no mesmo período, 50 mil diabéticos que desconheçam ser portadores da doença.

Os indivíduos identificados no rastreio como potencialmente diabéticos ou pré-diabéticos serão encaminhados para os centros de saúde, onde serão desenvolvidos programas educativos para promover a adopção de estilos de vida saudáveis. Este projecto -- que será coordenado pela Associação Protectora dos Diabéticos em Portugal - decorre do estudo "Um Futuro para a Saúde -- Todos temos um papel a desempenhar", apresentado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2014.

Portugal é o país europeu com a taxa de prevalência de diabetes mais alta: 13% da população com idade entre os 20 e os 79 anos, segundo o relatório de Saúde de 2014, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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