O Bons Sons instala-se: “Olá, bem-vindo à aldeia”

O festival teve início quinta-feira com concertos de Benjamin ou Manel Cruz. Sexta-feira, Cem Soldos já está ocupada. As alterações de pormenor não maculam o seu espírito. Que continue a música.

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Riding Panico Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Benjamim Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Benjamim Público / Miguel Madeira
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Banda Manel Cruz Público / Miguel Madeira
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Benjamim Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Júlio Resende Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Benjamim Público / Miguel Madeira
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Festival Bons Sons Público / Miguel Madeira
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Riding Panico Público / Miguel Madeira

Foi verdadeiramente uma boa ideia, aquela do relvado, artificial, é certo, mas verde e confortável, no Largo do Rossio, centro da aldeia e centro do festival. A meio da tarde de sexta-feira, o público faz ainda contas ao dia da abertura do Bons Sons e aos concertos que viu ontem, quinta-feira: as canções de Manel Cruz, a nova vida de Walter Benjamin, agora Benjamin, o rock feito bom excesso dos Riding Pânico.

Há gente que aproveita o tal verde artificial, mas deveras confortável, para se deitar enquanto vai seguindo o teste de som dos Criatura, que actuarão mais logo. Há quem se sente e converse sobre esta sua vida na aldeia e há quem tenha decidido animar a tarde com um desafio de limbo - e é ver costas arqueadas para que o corpo se esgueire sob a corda esticada horizontalmente, cada vez mais perto do chão.

Nesta tarde quente mas ventosa, o Bons Sons avança em construção. Na entrada Hortas, um valente é erguido no monta-cargas para que o pórtico fique elegantemente montado. Na tarde de Cem Soldos, o palco Garagem, espaço aberto para que qualquer anónimo, mediante inscrição, possa mostrar os seus talentos, acolhe um guitarrista e um baterista que improvisam uma jam enquanto alguns curiosos se vão reunindo à entrada da divisão tornada garagem, tornada pequena sala de concertos.

Cem Soldos está como a conhecemos há muito em dia de festival. Ruas percorridas com languidez e curiosidade, curta pausa para olhar as bancas de artesanato de marroquinaria. Esplanadas ocupadas de gente e bebidas frescas para serenar o calor, uma igreja, a de São Sebastião, a receber o concerto dos Chão de Feira, e público que decide se será melhor ir ver Eduardo Raón ao Auditório na zona baixa da aldeia, ou se preferirá guardar lugar no palco instalado na escadaria da igreja supracitada para acompanhar o concerto de Minta, marcado para 15 minutos depois do de Raón.

Tudo isto é familiar a quem já conhece o festival, e sabe bem esta proximidade. No ano em que o Bons Sons passa a festival anual, as mudanças são de pormenor, pensadas para melhorar a fruição do público: o palco Giacometti que está agora montado num coreto, ou o palco Eira, cujo palco foi transferido para o extremo oposto à entrada (e com tecto feito de adereços vermelhos ondulando ao vento). Esses pormenores são sinais de diferença no festival que cresce e se consolida. Mantém-se o que interessa. “Olá, bem-vindo à aldeia”, dizem-nos à chegada. É esse o espírito. Siga a música.

O Bons Sons recebe esta sexta-feira concertos dos Clã, Carlão, Oco, Criatura, Salto ou Hitchpop.

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